COMO FICARÃO AS BANCADAS?.
 
                 Manoel Hito
 
   Com votação prevista para a próxima semana na Câmara Federal, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera a composição das câmaras municipais em todo país promete gerar muita confusão. A emenda, que já foi aprovada pelo relator do processo, o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greehalgh (PT-SP), anula a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, que, em 2004, tirou mais de oito mil vagas de vereadores em todo Brasil, que, agora, com a PEC, seriam restituídas quase que totalmente.
O projeto de lei original prevê que os vereadores que ocuparem as vagas a serem restituídas devem tomar posse em 1ª de janeiro de 2008, ou seja, em pleno ano eleitoral, 8.068 novos vereadores assumiriam cargos em todo país.
Com a aprovação da PEC, Ipirá voltará a contar com mais cinco vereadores, totalizando 15 e pelos cálculos eleitorais, em 1º de janeiro de 2008, tomariam posse Edigar Batista, Raimundo Lopes (Tutu) e Jaildon do Bonfim, os três que nas últimas eleições foram votados pela coligação que apoiou o prefeito Diomário Sá e pela oposição seriam Divanilson Mascarenhas e Edson Carneiro, (Suita).
A aprovação da PEC inicialmente traria um transtorno a Câmara de Vereadores de Ipirá, que teria que aumentar as bancadas, pois atualmente só há lugar para dez. Outro problema que deve esquentar a cabeça do presidente da Casa, vereador Aníbal Ramos Aragão é que a ampliação da Câmara que esta sendo feita, no projeto original só está sendo construído 10 gabinetes. O que será feito? Vai se alterar o projeto para se construir mais cinco gabinetes? Tem área suficiente para isto? Ou serão apenas os dez gabinetes e se fará um sorteio para ver que será contemplado, ou ainda, se fazer um rodízio de gabinete?
Com relação a verba para pagamento dos subsídios dos novos vereadores não deverá ser problema, porque o repasse atual de 8% feito pela prefeitura, cobriria tranquilamente, mas a aprovação da PEC também prever a redução deste repasse para 7%, para os municípios com até 100 mil habitantes, ai, o que seria reduzido seria o salário do vereador num todo, mas não pelo fato de se estar convocando mais cinco e sim pela redução do repasse.
E como ficaria a composição das bancadas? Atualmente o prefeito conta com cinco vereadores, Deteval Brandão, líder da situação, Weima Fraga, José Luis Carneiro, Manoel Soares, (Manoel de Liça) e Aníbal Ramos Aragão, atual presidente da Casa. O vereador Luis Antonio Passos, (Erminho), que iniciou seu mandato como líder do prefeito, declarou da Tribuna seu desligamento da bancada do prefeito, mas ainda não deixou claro em seus pronunciamentos se está na oposição. Ademildo Almeida, líder do PT, tradicionalmente é oposição aos dois grupos, (do prefeito e o liderado por Delorme Martins). Raimundo Pindobeira, (Mundinho de Nova Brasília) líder da oposição, Benedito Oliveira Alves, (Benedito do Leite) e Edmundo Azevedo, (Mundinho de Almir) compõem a atual bancada de oposição ao prefeito. Dos novos que tomarão posse, dois são garantidos oposição, Divanilson Mascarenhas e Edson Carneiro (Suita), totalizando assim 5 vereadores 1/3. Os outros três, Raimundo Lopes, (Tutu), Edgar Batista e Jaildo do Bonfim, foram votados pela coligação que apoiaram o prefeito, mas já existem comentários de que alguns destes estão descontentes com a atual administração e poderá tomar a mesma decisão do vereador Erminho, não ficarem na situação. Se isto acontecer, o prefeito terá problemas na hora de aprovar projetos de seu interesse que precise de 2/3. O prefeito corre o risco até de ficar sem a maioria na câmara. Prevê-se que estes últimos dias do ano serão de muitas conversações nos dois grupos políticos, antecipando as negociações que eram previstas para terem início apenas a partir do mês de março. Quem vencerá esta queda de braço? O grupo do prefeito ou o grupo liderado por Delorme Martins? Quem será maioria na Câmara? Vamos aguardar para ver.
 
  
 
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