VEREADORES AFIRMARAM QUE PROMOTORIA
ESTÁ INSENSÍVEL
 
                                                                                                     Manoel Hito
 
     Na Sessão da Câmara de Vereadores de Ipirá na última terça-feira, o tema principal foi a proibição do abate de pequenos animais, - carneiro, bode e porco – e a insensibilidade da promotora pública, Drª Patrícia Lima, para se encontrar uma saída negociável para o problema, afirmando apenas que está cumprindo a lei, não aceitando se quer, determinar um prazo para construção do abatedouro e a proibição do abate fora das normas seja implementada a partir de então.
        Para o vereador Benedito do Leite, esta situação tendo sido uma vergonha política para o município de Ipirá, pois todos os outros municípios da região estão com o abate normal e o ministério público não tem tomado nenhuma atitude para coibir. – “É preciso que os políticos e a comunidade de um modo geral de Ipirá se organizem para fazer uma grande manifestação de protesto contra o endurecimento do ministério público com este problema. Entendemos que a promotora esteja cumprido a lei, mas ela precisa ser um pouco mais flexível e humana, procurando entender as dificuldades financeira que os pequenos criadores e os abatedores estão passando com esta proibição, enquanto não se resolve a construção do abatedouro, - afirmou na Tribuna, Benedito do Leite.
       O vereador Ademildo Almeida ao fazer uso da Tribuna, afirmou que a promotora Drª Patrícia Lima tem sido extremamente insensível e demonstrando ter uma compreensão equivocada da economia do município de Ipirá e o que pode significar a proibição, no momento, do abate dos pequenos animais. – Drª Patrícia é uma pessoa muito competente, mas vive em Salvador, desfocada de nossa realidade e de forma dura, responde apenas “estou cumprindo a lei”, sem procurar entender o prejuízo que esta proibição tem causado no dia a dia e no bolso da comunidade ipiraense. Entendemos que a lei é para ser cumprida, mas é preciso que esta lei se adeqüei a realidade das pessoas. A lei não pode prejudicar uma comunidade, como está acontecendo e por isso, conclamo a Câmara de Vereadores e todos os seus pares a se mobilizarem. È preciso que organizemos um ato público, uma sessão especial, uma audiência pública. Temos que fazer valer o nosso poder de pressão e mostrar que o que nos estamos querendo não é desrespeitar a lei, mas apenas que a lei seja flexível, e determine um prazo para a construção do abatedouro e a partir daí, se faça cumprir a lei da proibição de abate clandestino – concluiu o vereador Ademildo Almeida, que foi apoiado por todos os seus colegas.
       Nos a partes ou na Tribuna, os vereadores, Mundinho de Almir, Mundinho de Nova Brasília, Deteval Brandão, Erminho e Zé Luis, concordaram com o ato público e o vereador presidente da câmara, Aníbal Ramos Aragão, rebateu as afirmações do vereador Ademildo de que a casa tem feito muito pouco para reverter esta situação. Segundo Aníbal, a Mesa da Casa fez o possível para que a promotora se sensibilizasse, mas em resposta, ela teria enviado um ofício a câmara, onde fica explícito de que não cederá a nenhuma solicitação de permissão do abate, mesmo antes da inauguração do abatedouro.