Agentes
da polícia civil de Ipirá conseguiram
prender na manhã desta segunda-feira, (02),
o latrocida Rogério Almeida Sampaio, 24 anos,
vulgo Roger, quando o mesmo estava escondido na casa
dos sogros, em uma fazenda entre os povoado de Coração
de Maria e Cachoeirinha. Também foi apreendida
a espingarda que Roger usou para matar sua vítima,
Dionísio de Jesus, mais conhecido como Anízio,
fato ocorrido na manhã da última sexta-feira,
no meio da caatinga da fazenda Caldeirão do
Barão.
Depois de preso e confessar a latrocínio, Roger
levou os polícias até o local no meio
da caatinga, onde havia escondido a capanga da vítima
e contou com detalhes e sem nenhum sentimento de arrependimento,
como tocaiou, matou e depois saqueou sua vítima.
Para o experiente policial civil Flávio Alves,
que chefiou as investigações e prisão
de Roger, o latrocida demonstrou ser frio, calculista
e não ter nenhum sentimento de respeito à
vida humana.
Em seu depoimento, Roger afirmou que já vinha
com ódio de Anízio, pois este vinha
fazendo comentários de que ele teria roubado
sua roça e vinha arquitetando uma forma de
se vingar. Na manhã de sexta-feira viu quando
Anízio se embrenhou na caatinga com vãos
para buscar água e de possa de sua espingarda
de grosso calibre, Roger se escondeu dentro de um
buraco ao lado da vereda que Anízio teria que
passar quando estivesse retornado para casa e ficou
ali a espera, durante mais de uma hora. Que sabia
que Anízio era deficiente auditivo, portanto
lhe dava mais chances de lhe surpreender, mas também
sabia que teria que tomar muito cuidado, pois sabia
também que apesar dos 60 anos, Anízio
era muito ágil no uso do facão e da
espingarda que sempre trazia consigo, por isso, quando
Anízio se aproximava, carregando cinco garrafas
pety em cada mão, abaixado dentro do buraco,
apoiou a espingarda no barranco e mirou na cabeça
de Anízio, pois sabia que se perdesse o tiro,
poderia morrer e quando a vítima estava a uma
distância de dois metros apertou o gatilho e
viu o corpo de Anízio cair para frente, por
sobre a espingarda que trazia no peito. Roger contou
ainda que só depois de ter certeza que Anízio
não se moveria mais, saiu do buraco, chegou
junto do corpo e verificou que o tiro atingiu na testa,
acima do olho esquerdo e tendo a certeza que Anízio
estava morto, passou a saquear seus bolsos encontrando
R$ 70 reais e retirou o facão que estava na
cintura de Anízio, cortou a correia que prendia
a capanga nas costa da vítima e depois recolocou
o facão na bainha e foi para o meio da caatinga
verificar o que tinha dentro da capanga, pois sempre
ouviu falar que Anízio não se desgrudava
nunca daquela campa e, portanto acreditava que ali
tinha mais dinheiro, mas só encontrou munição
para espingarda o que ele pegou e escondeu a capanga
embaixo de uns pés de gravatá, tendo
a certeza que ninguém nunca a encontraria ali.
Até mesmo ele teve dificuldade de encontrar
o local quando levou os policias.
Roger falou que depois foi para casa, lavou a espingarda
para esconder vestígios do tiro, tomou banho
e foi para o povoado de Coração de Maria
onde começou a gastar o dinheiro em cervejas
e foi dormir na casa dos seus sogros. No dia seguinte,
sábado ao chegar ao povoado de coração
de Maria, participou das conversas que davam conta
da morte de Anízio e chegou a comentar com
alguns amigos que iria participar do enterro naquela
tarde, mas um tio o chamou para faz a limpeza do parque
de vaquejada e perdeu a hora do enterro.
Já na carceragem, Roger, passou a contar seu
feito para os outros presos com a satisfação
de ter marcado um gol de letra. O sogro de Roger,
conhecido como Marivaldo também se encontra
preso há cerca de três meses por tráfico
de drogas.
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