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Promotora Patrícia Lima
 
  Exposição alerta os consumidores sobre
qualidade da carne..
                                                                Cristina Ribeiro
                                                                 sucursal tribuna da bahia –ipirá
    Abate clandestino de carne é feito em péssimas condições de higiene em várias regiões do estado.Pouca gente se preocupa, mas estar atento à qualidade da carne e do leite consumidos no dia-a-dia é essencial para não cair na chamada "roubada" e acabar comendo coisa até pior que o popular churrasquinho de gato.Para alertar a população nesse sentido, o Ministério Público, promove, desde o dia 22 de agosto, uma exposição de fotos e vídeos nas agências do Banco do Brasil e Caixa sobre um projeto de fiscalização da qualidade da carne e do leite produzidos na região. Segundo a Promotora Patrícia Lima, a intenção é demonstrar como são prejudiciais à saúde pública e ao meio ambiente os produtos provenientes de abatedouros e outros estabelecimentos clandestinos não inspecionados pela Vigilância Sanitária. A promotora explica que o evento, de Olho na Qualidade, é "exatamente para mostrar ao povo a forma como é abatida essa carne e conscientizá-lo do perigo que está correndo ao consumir esses produtos não inspecionados". O perigo é mesmo grande. O consumidor poderá contrair males extremamente prejudiciais, como tuberculose (a doença contagiosa que mais mata no mundo), brucelose, cístiscercose, neurocístis cercose (que pode cegar, causar convulsões e levar à morte), lepitospirose e toxi-infecções alimentares variadas.Segundo dados da Vigilância Sanitária, mais de 40% da carne consumida na Bahia é proveniente de abatedouros clandestinos. "No interior", segundo drª. Patrícia, "o gado doente é o primeiro na fila do abate para que seja comercializado antes de morrer pela doença". E é essa carne contaminada que vai parar na mesa do consumidor. Um recado importante da promotora vai para aquelas pessoas que escolhem sempre as carnes mais vermelhas expostas no açougue, o chamada "carne fresca", geralmente pingando sangue: ".Para evitar doenças provenientes desses produtos impróprios, o consumidor deve ficar atento para os estabelecimentos que comercializam carnes sem o carimbo roxo da Vigilância Sanitária: "O Ministério Público aconselha que não se compre carne em locais não inspecionados. E, se possível, que se denuncie esses estabelecimentos, ou ao próprio Ministério Público, ou à Secretaria da Saúde, ou à Vigilância Sanitária", aconselha a promotora.Quanto a comercialização de produtos não inspecionados pela Vigilância Sanitária são crimes previstos no Código Penal, passíveis de penas que vão de dois a cinco anos de detenção.Meio ambiente - Além de mal à saúde pública, matadouros clandestinos também provocam danos ao meio ambiente,: Nos clandestinos, eles geralmente captam a água para tratar o animal em riachos, e claro, não tem qualquer preocupação em limpar a água cheia de detritos animais para devolvê-la à fonte, poluindo rios que geralmente passam por dentro de cidades do interior".Choque. Horror. Asco. Também, com tantas imagens de sangue, vísceras e mutilação expostas nas agencias bancarias no centro de Ipirá, não há quem não sinta essas sensações, por mais sangue-frio que se tenha. O gerente da Caixa Santhiago, conta que "geralmente as pessoas param e olham, principalmente na parte das fotos que mostra o abate clandestino, porque é realmente chocante a frieza e a brutalidade com que eles matam o animal".Apesar das imagens chocantes para estômagos frágeis, a Promotora está á disposição do público para tirar dúvidas, ela afirma que "as pessoas ainda têm uma certa timidez em perguntar, o que é uma bobagem, pois isto aqui é uma oportunidade para se saber mais sobre um assunto que é importante para o nosso dia-a-dia", afirma.A exposição Carne e Derivados: De Olho na Qualidade no Banco do Brasil e na Caixa prossegue durante todo o mês de setembro chamando a atenção de todos os ipiraenses..
 
Fotos mostram precárias condições da produção clandestina.