O
Ministério da Educação divulga
amanhã (31) o cronograma de implantação
de 150 escolas federais de educação
profissional. As cidades onde serão construídas
as escolas já foram escolhidas, e agora o governo
vai anunciar um plano de obras para os próximos
três anos.
No
primeiro ano, serão construídas 70
escolas, no segundo, 40, e no terceiro, mais 40.
Todos os estados estão incluídos no
plano. Existem atualmente 160 mil vagas em escolas
profissionais no Brasil e, com as novas escolas,
haverá mais 274 mil, de nível médio
e superior.
As
150 escolas fazem parte da segunda fase do Plano
de Expansão da Rede Federal de Educação
Profissional e Tecnológica, somando-se às
60 construídas na primeira fase. Ricardo
Oliveira, que freqüenta um desses estabelecimentos
em Campos dos Goytacazes, no norte do Rio de Janeiro,
considera o curso profissionalizante uma oportunidade
para quem quer se capacitar e conseguir trabalho.
Aluno do ensino médio, Ricardo estuda eletrônica,
num curso com ênfase na indústria naval.
Ele pretende depois fazer um curso tecnológico
superior.
“Estou
fazendo esse ensino, porque a região norte
fluminense é uma área de grande expansão
na parte tecnológica, na área de petróleo
e gás. É uma grande oportunidade para
quem não tem condições de pagar
um curso técnico, porque no Brasil o que
falta é qualificação. Tem muito
pouca gente qualificada na região”,
afirmou Ricardo.
Segundo
o secretário de Educação Profissional
e Tecnológica do Ministério da Educação,
Eliezer Pacheco, as novas escolas profissionais
vão levar em conta a realidade local. “Como
são escolas bastante vinculadas à
realidade local, elas eventualmente também
ministram cursos de formação inicial,
isto é, são aqueles cursos para atender
uma demanda localizada e muito pontuada no espaço
de tempo. Uma vez suprida essa necessidade, esses
cursos não continuam”, explicou Pacheco.
Para
ele, essa é uma atividade acessória.
"O essencial dessas escolas é formar
técnicos de ensino médio, assim como
tecnólogos, isto é, profissionais
de terceiro grau na área de tecnologia”.
Além
das 150 novas escolas, o MEC vai assumir quatro
instituições que antes eram administradas
pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira (Ceplac), ligada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O governo federal também vai ajudar as escolas
profissionais estaduais, com R$ 200 milhões
por ano, entre 2008 e 2011.