Conforme a assessoria da APLB, a Ação
Civil Pública do governo foi impetrada enquanto
os professores estavam na Assembléia Legislativa
lutando pela aprovação da Emenda de
autoria do deputado Javier Alfaya - que propunha o
reajuste de 17,28% para toda a categoria. Os professores
sentiram-se traídos pelo governo, tanto por
impetrar a Ação Civil Pública
durante as negociações quanto pelo “método
ortodoxo de querer resolver uma reivindicação
de um segmento que sempre buscou a democracia e por
isso apoiou a eleição do atual governador”.
Hoje, às 14 horas, uma nova assembléia
geral deverá acontecer no auditório
do Colégio 2 de Julho, no Garcia. Os professores
deverão discutir novas estratégias da
greve e se organizarem para tentar uma conversa com
o governador. Amanhã, eles devem participar
de um encontro com o secretário da Educação
- Adeum Hilário Sauer - na Fundação
Luís Eduardo Magalhães, no Centro Administrativo
da Bahia (CAB)
A proposta concedida pelo governo e rejeitada pelos
professores foi a de um reajuste de 17,28% para aqueles
que ganham mais de um salário mínimo
e a de 4,5% para os que recebem abaixo do piso salarial.
Para que haja suspensão da greve, os professores
exigem um reajuste de 17,28% para toda a categoria.
“O governo, com essa medida, divide os trabalhadores
e desrespeita a relação interníveis,
uma vez que os professores não licenciados
ou com licenciatura curta terão um reajuste
de 17,28%”, afirmou Oliveira.
Com a continuação da greve, 80% dos
professores da rede estadual da Bahia permanecem parados.
A paralisação deixa fora das salas de
aula 1,2 milhão de estudantes da rede estadual
e mais 52 mil alunos das universidades. Em todo o
Estado, são 1.600 escolas com atividades paralisadas
desde o último dia oito de maio, até
mesmo a merenda escolar continua estocada, sem data
para voltar a ser fornecida aos alunos.
Além da continuação da greve,
a categoria decidiu ontem por mais quatro manifestações:
Hoje, eles participam do debate sobre o Piso Nacional,
às 14 horas, no Colégio Dois de Julho,
amanhã, às 9 horas, o movimento estará
presente no 1º Seminário Estadual da Política
Nacional da Educação, na Fundação
Luís Eduardo Magalhães, na sexta-feira,
às 20 horas, a categoria promove um forró,
batizado de “forró da greve”, que
será realizado na Associação
Atlética da Bahia, na Barra, deverá
animar os professores e no sábado a categoria
que deverá ocupar o Centro de Convenções
da Bahia, onde haverá um evento estadual. A
intenção desta última medida
é chamar a atenção do governador.
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