Numa
ação conjunta da polícia Civil
de Ipirá e a CAEL, uma família inteira,
que tinha como chefe uma mulher conhecida como “Rita
Preta”, foi presa, totalizando 23 pessoas,
e nas quatro residências, foi encontrada drogas,
armas e três veículos além de
várias fotografias que confirmam a ligação
dos detidos com o mundo do crime.
Depois de mais de cinco meses de investigação,
quando foram levantados os pontos de distribuição,
como a droga chegava a Ipirá, os dias de
maior movimento, as casas que faziam a distribuição
da droga e principalmente as pessoas envolvidas
e com todas estas informações, o delegado
titular de Ipirá, Dr. Caryl Oliveira, solicitou
do Judiciário, os mandados de busca e apreensão
no início do ano de 2007, mas só agora,
no mês de fevereiro de 2008 é que os
mandados foram expedidos e de posse destes mandados,
se investigou por mais uns 15 dias e quando esse
tinha tudo mapeado, se desencadeou a operação
na madrugada desta quinta-feira, 21, que culminou
com as prisões e a apreensão de drogas,
armas e veículos.
Foram presas no bairro Novo Horizonte, no loteamento
Santana, em três residências e em duas
residências da rua do esgoto, próximo
à funerária São Paulo, as pessoas
de Rita Vieira de Jesus (Rita Preta), considerada
a chefe da quadrilha e mãe de Vanderlei Vieira
de Jesus (João de Rita Preta), Erica Vieira
de Jesus (Érika), Aline Vieira de Jesus e
os menores F.de J. P de 13 anos e A de J. P. de
14 anos que também foram detidos. Foram presos
ainda, Edivaldo Batista Lima (Nem do Ligeirinho),
considerado como o “avião” da
quadrilha, encarregado de trazer a droga de Feira
de Santana no veículo Fita Uno, cor prata,
apreendido, que era usado para fazer o transporte
alternativo, ligeirinho, Josevan de Jesus (Pilica)
José de Jesus Batista (Tim), André
de Lima Cerqueira, (Jr ou Alex), André de
Lima Cerqueira (Andrezinho), considerados os seguranças
e distribuidores da droga pelos bairros da cidade,
Wires Fernandes Santana (Wires), esposo de Érika
e membro importante na quadrilha, Marcelo Vieira
Costa (Marcelo Moto boy), e sua esposa Eliete Cintra
Aragão, que eram usados como as pessoas que
guardavam o dinheiro da quadrilha em sua casa por
serem vizinhos de Erica, além de mais oito
menores, que eram usados pela quadrilha para distribuírem
a droga, em especial o crack pela cidade. Estes
menores foram encaminhados para o Conselho Tutelar.
Nas quatro residências, foram apreendidas
80 pedras e um tijolinho de crack, uma porção
de maconha, um revolver calibre 32 com munição,
uma pistola calibre 7.65 e munição,
balança de precisão, aparelhos celulares,
vários relógios e três veículos,
um Corsa vinho, um Astra prata e um Fiat Uno prata,
e algumas fotografias onde aparecem várias
pessoas ligadas ao crime em Ipirá, muitos
deles com passagem pela polícia. Em algumas
destas fotografias os elementos estão fazendo
festa nas residências das pessoas presas.
O que mais chamava atenção da comunidade
era o patrimônio da quadrilha, que além
dos três veículos, estavam construindo
verdadeiras mansões, sem terem ocupação
nem renda que pudessem comprovar.
Segundo o delegado Dr. Caryl Oliveira, as pessoas
presas serão indiciadas por tráfico
e associação para o tráfico
de drogas, formação de quadrilha ou
bando armado, porte ilegal de arma de fogo. Dr.
Caryl informou que está operação
é apenas o início do que a polícia
civil pretende para o combate ao tráfego
de drogas em Ipirá, que segundo ele, já
vinha sendo reclamado pela comunidade, que já
não mais estava suportando a ostentação
dos meliantes, como se estivessem acima da lei.
Dr. Cayl chegou a afirma que conseguindo a parceria
do judiciário ao fornecer os mandados necessários,
em pouco tempo, a comunidade ipiraense vai se ver
livre do nefasto negócio do tráfego
de drogas em Ipirá, pois sua equipe já
tem mapeado todos os pontos de distribuição
e que em breves dias, com os mandados em mãos,
muitos outros serão presos. |