Apreendidas duas toneladas de carne clandestina em Ipirá
Por Cristina Ribeiro | 24-10-2008
 
Duas toneladas de carne clandestina foram apreendidas na feira-livre de Ipirá, a 204 quilômetros de Salvador, na manhã da última quarta-feira (22), numa operação que reuniu o Ministério Público Estadual (MP/BA), Adab e ás Polícias Militar e Cael. Pedaços de bois, carneiros, porcos e vísceras eram expostos sem refrigeração nos locais. Os comerciantes não tinham notas fiscais que comprovassem a origem do produto em flagrante descumprimento das normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Três pessoas foram detidas e o produto recolhido foi levado ao Aterro Sanitário de Feira de Santana, mas a imprensa foi impedida de acompanhar o destino dado ao produto do abate ilegal. Os comerciantes que tiveram o material recolhido receberam um auto de infração. Coordenada pelo Ministério Público, a operação Carne Clandestina foi iniciada, ao amanhecer na feira, que acontece todas ás quartas, no centro de abastecimento do município. No inicio do ano, os comerciantes tinham sido comunicados das normas de venda de carne pelo Ministério Publico. Não adiantou: quando a promotora Patrícia Lima, os fiscais e a policia chegaram ao local e encontraram um quadro de total desrespeito às regras básicas de higienização. Os feirantes nem tiveram tempo de expor as carnes sem refrigeração – um descumprimento da portaria 304/1996 do Mapa. Um deles, tentou impedir o recolhimento dos produtos e desacatou os policias e foi preso. "Eu tenho dez filhos para criar, entendeu? Então eu vivo disso aqui". Levado à DP, o marchante calcula ter tido um prejuízo de R$1 mil. Além de desacato, ele pode responder pelo crime de venda de produto impróprio para consumo. "Nós queremos acabar com o comércio de abate ilegal no município", diz a promotora de Justiça, Patrícia Lima, que comandou a operação. Durante a operação, grande parte dos boxes estavam fechados, e as carnes estavam escondidas em baldes e coberta por lonas. O juiz Roberto José Lima Costa, assinou 30 alvarás solicitados pela promotora, para a apreensão de toda carne que estavam dentro dos boxes. Apenas 23 matadouros são credenciados no estado, outros dez estão em construção e o número de ilegais é infinitamente superior. Em Ipirá, a promotora Patrícia Lima do MP/BA afirma que vai continuar com ás operações de apreensão. "Dados comprovam que metade da carne consumida no município e de procedência irregular e é vendida fora das condições de higienes ". (CR).
 
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