Fuga de presos frustrada pela policia de Ipirá.
30-03-2009
Por Cristina Ribeiro
da Tribuna da Bahia- Sucursal Região da Chapada.
 
Uma tentativa de fuga de presos da Delegacia de Ipirá, a 202 quilômetros de Salvador, foi frustrada pela ação do delegado Caryl Oliveira e o agente Gilmar Silva que estavam no local. Por volta das 13h30 de sábado, (29), o alarme que fica no teto da cadeia, disparou, deixando o delegado e o agente desconfiados, que conseguiram deter o plano dos detentos por volta das 16hs30. Com a fuga frustrada, os detentos iniciaram uma rebelião, mas, foi logo contida pelo delegado com apoio da Policia Militar e nenhum funcionário ficou ferido.

Segundo a policia,   Adaiuton    Oliveira    da
Adaiuton Oliveira comandou a tentativa de fuga, que Foi frustrada pela policia.
Silva, 19 anos, que foi preso no último dia 20 de março, acusado de assaltar á Pizzaria Paladar e matar o proprietário, João de Queiroz Neto, 42 anos, foi quem comandou a tentativa de fuga.

Adaiuton, (de vulgo Paulistinha), considerado bastante perigoso pela policia, quebrou o cadeado da cela onde o mesmo estava juntamente com mais outros seis presos e também arrancou a grade de outra cela, onde estavam cinco presos de alta periculosidade.

Cerca de onze presos das celas dois e quatro iriam fugir, mas, o esquema de fuga ousado acabou descoberto pelo delegado Caryl Oliveira, que segundo informações estava coordenando naquela tarde, uma investigação de repressão ao trafico e drogas na cidade.

O agente Gilmar Silva subiu no teto da cadeia e notou que as telas de contenção a cerca elétrica, tinham sido arrancadas, daí, foi iniciada uma vistoria nas celas quando foi descoberto o cadeado quebrado e a grade de umas das celas arrancadas. Todos os presos que estavam nas celas dois e quatro foram conduzidos para outras celas. Os pertences dos presos que iriam fugir, foram todos retirados de dentro das celas para serem revistados pelos policias.

A delegacia de Ipirá passa por grandes dificuldades como: viaturas quebradas, aparelhagem precária, celas necessitado de reformas e poucos agentes para trabalhar. Nos finais de semana, apenas um agente de policia toma conta da unidade.

Insatisfeito pelas condições de trabalho, um agente desabafou para nossa reportagem, relatando que o estado é o grande responsável pela superlotação. Devido ao não investimento no sistema prisional, existe uma superlotação na unidade prisional de Ipirá, que tem capacidade para 32 presos e está superlotada abrigando um total de 44 presos. A Secretaria de Justiça não tem dado a devida importância a este problema que se tornou crônico em todas as delegacias do estado. “A partir do momento em que as delegacias passam a funcionar como ambientes para abrigar presos, a tarefa atribuída aos funcionários destes locais é invertida. O agente de polícia que deveria participar de investigações na comunidade, passa a realizar trabalhos de um agente carcerário, cuidando de presos nas celas.” disse o agente que preferiu preservar sua identidade.(CR).
 
Cadeados quebrados
Pertences dos presos que tentaram fugir
 

 
 
 
 
 
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