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Uma
tentativa de fuga de presos da Delegacia
de Ipirá, a 202 quilômetros
de Salvador, foi frustrada pela ação
do delegado Caryl Oliveira e o agente Gilmar
Silva que estavam no local. Por volta das
13h30 de sábado, (29), o alarme que
fica no teto da cadeia, disparou, deixando
o delegado e o agente desconfiados, que
conseguiram deter o plano dos detentos por
volta das 16hs30. Com a fuga frustrada,
os detentos iniciaram uma rebelião,
mas, foi logo contida pelo delegado com
apoio da Policia Militar e nenhum funcionário
ficou ferido.
Segundo a policia, Adaiuton
Oliveira da
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Adaiuton
Oliveira comandou a tentativa de fuga, que
Foi frustrada pela policia. |
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Silva, 19 anos, que foi preso no último dia
20 de março, acusado de assaltar á
Pizzaria Paladar e matar o proprietário,
João de Queiroz Neto, 42 anos, foi quem comandou
a tentativa de fuga.
Adaiuton, (de vulgo Paulistinha), considerado bastante
perigoso pela policia, quebrou o cadeado da cela
onde o mesmo estava juntamente com mais outros seis
presos e também arrancou a grade de outra
cela, onde estavam cinco presos de alta periculosidade.
Cerca de onze presos das celas dois e quatro iriam
fugir, mas, o esquema de fuga ousado acabou descoberto
pelo delegado Caryl Oliveira, que segundo informações
estava coordenando naquela tarde, uma investigação
de repressão ao trafico e drogas na cidade.
O agente Gilmar Silva subiu no teto da cadeia e
notou que as telas de contenção a
cerca elétrica, tinham sido arrancadas, daí,
foi iniciada uma vistoria nas celas quando foi descoberto
o cadeado quebrado e a grade de umas das celas arrancadas.
Todos os presos que estavam nas celas dois e quatro
foram conduzidos para outras celas. Os pertences
dos presos que iriam fugir, foram todos retirados
de dentro das celas para serem revistados pelos
policias.
A delegacia de Ipirá passa por grandes dificuldades
como: viaturas quebradas, aparelhagem precária,
celas necessitado de reformas e poucos agentes para
trabalhar. Nos finais de semana, apenas um agente
de policia toma conta da unidade.
Insatisfeito pelas condições de trabalho,
um agente desabafou para nossa reportagem, relatando
que o estado é o grande responsável
pela superlotação. Devido ao não
investimento no sistema prisional, existe uma superlotação
na unidade prisional de Ipirá, que tem capacidade
para 32 presos e está superlotada abrigando
um total de 44 presos. A Secretaria de Justiça
não tem dado a devida importância a
este problema que se tornou crônico em todas
as delegacias do estado. “A partir do momento
em que as delegacias passam a funcionar como ambientes
para abrigar presos, a tarefa atribuída aos
funcionários destes locais é invertida.
O agente de polícia que deveria participar
de investigações na comunidade, passa
a realizar trabalhos de um agente carcerário,
cuidando de presos nas celas.” disse o agente
que preferiu preservar sua identidade.(CR). |