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Segundo
a nova pesquisa do Datafolha, realizada de terça
(16) a quinta (18), Lula tem hoje 51% dos votos
válidos, antes 35% de Bolsonaro. |
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19/08/2022 |
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(FOLHAPRESS)
- A ofensiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) para tentar ganhar a eleição de
outubro já no primeiro turno, que envolveu a atração
de dois apoios às vésperas do início da campanha
oficial, até agora não surtiu efeito.
Segundo a nova pesquisa do Datafolha, realizada
de terça (16) a quinta (18), Lula tem hoje 51%
dos votos válidos, antes 35% de seu oponente mais
bem colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na rodada anterior, no fim de julho, Lula tinha
52%.
A margem de erro dos levantamentos é de dois pontos
para mais ou menos, então o petista pode ter mais
confortáveis 53% e celebrar a atração dos pontinhos
que André Janones (Avante) somava, sempre em torno
de 2%. Mas também poderia ter hoje 49%, ficando
dependente de um segundo turno.
O deputado mineiro desistiu para apoiar Lula.
O Pros, que não pontuava com Pablo Marçal, também
fez isso, mas a decisão final do imbróglio interno
do partido sobre ter candidato será decidido pela
Justiça.
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Ciro
Gomes (PDT), o terceiro colocado, tem 8% dos válidos.
O instituto ouviu 5.744 eleitores em 281 cidades
de terça (16) e esta quinta (18). A pesquisa,
contratada pela Rede Globo e pela Folha de S.Paulo,
foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral
com o número BR-09404/2022.
Voto válido é a métrica adotada pela Justiça Eleitoral
para contabilizar o resultado final das eleições,
e exclui os brancos e nulos. É declarado vencedor
sem necessidade de um segundo turno qualquer candidato
que ultrapasse em um voto a barreira dos 50% do
eleitorado.
A margem estreita tem deixado petistas em alerta,
cientes de que a ida de Bolsonaro para o segundo
turno poderá mobilizar sua militância e ver ampliados
os efeitos do pacote bilionário de bondades para
os menos favorecidos e das reduções de preço de
combustíveis.
Com a modorrenta situação de Ciro e de Simone
Tebet (MDB) nos escalões inferiores da disputa,
haverá também uma pressão adicional sobre essas
candidaturas: como ambas se posicionam como independentes,
mas mais hostis a Bolsonaro em termos de perfil
de eleitorado, o risco do discurso de voto útil
em Lula contra o presidente deverá subir.
Sinal claro disso é a operação de marketing da
equipe lulista para amainar a imagem à esquerda
naturalmente associada ao eleitor, buscando retirar
a cor vermelha da preponderância nos materiais
de campanha e destacando a presença do ex-tucano
Geraldo Alckmin (PSB) na vice da chapa.
Fonte:
FOLHAPRESS |
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