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As
quatro vítimas, assim como o bebê de uma delas,
foram encaminhadas para um abrigo em Novo Hamburgo |
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26/08/2022 |
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Um pastor evangélico
de 40 anos foi preso por suspeita de estuprar
quatro filhas e engravidar uma delas no município
de Portão, no Rio Grande do Sul.
A
prisão preventiva do homem ocorreu nesta quarta-feira
(24), dois dias após uma denúncia anônima sobre
a situação das meninas ser feita ao disque-denúncia
e ao Conselho Tutelar do município.
Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul,
após a denúncia, uma equipe foi até a casa das
vítimas e as levou para prestar depoimento na
delegacia.
Além das quatro vítimas, que têm entre 12 e 17
anos - e revelaram os abusos, também moravam na
casa do pastor a irmã mais velha delas, uma jovem
de 19 anos que não quis prestar depoimento, e
a mãe delas, uma mulher que não foi identificada
e confessou que sabia dos crimes.
"Todas confirmaram os abusos, inclusive deram
detalhes. A mãe confirmou que viu há três meses
a filha de 12 anos chorando, foi até ela para
ver o que era, e antes disso viu o marido saindo
de dentro do quarto da filha", explicou à
reportagem o delegado responsável pelo caso, Marcos
Mesquita.
O delegado disse, ainda, que a mãe das vítimas
perguntou ao marido sobre os abusos e que ele
teria negado a princípio, mas confessado depois.
"Ela também falou que há um ano soube que
ele vinha abusando da filha de 12 anos e também
falou que soube que o produto de um dos abusos
da filha de 17 anos dela resultou em um neném",
disse Mesquita.
O delegado também pediu a prisão preventiva da
mulher por omissão, mas o pedido não foi aceito
pela Justiça.
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O suspeito também
prestou depoimento e negou o estupro das filhas
mais novas, mas disse que manteve relações sexuais
com a garota de 17 anos "porque ela quis".
"Ele disse que teve apenas uma relação com
ela, que ela engravidou e que o filho dela é filho
e neto dele", afirmou o delegado.
Segundo a Polícia Civil, duas ocorrências relativas
a abusos sexuais já tinham sido registradas contra
o pastor anteriormente. Uma delas em 2007, no
município de Estrela (RS), onde ele teria "agarrado
uma moça", e outra em Humaitá (RS), onde
ele teria abusado de uma menor de idade em 2002.
As quatro vítimas, assim como o bebê de uma delas,
foram encaminhadas para um abrigo em Novo Hamburgo,
também no Rio Grande do Sul. A mãe das garotas
continua em casa com a filha mais velha.
A polícia aguarda laudos periciais para comprovar
o abuso sexual cometido contra as outras crianças
e o resultado de DNA que deve comprovar a paternidade
do filho da garota de 17 anos.
A reportagem procurou o Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul em busca do contato da defesa
do pastor preso, mas o órgão informou que nenhum
detalhe sobre o assunto será divulgado porque
o processo corre em segredo de Justiça. O nome
dele não foi divulgado pela polícia para preservar
as vítimas.
Por
FolhaPress
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