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© Ueslei Marcelino
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Joaquim Barbosa, algoz do PT
no mensalão, declara voto em Lula e critica
Bolsonaro |
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O
ministro ainda diz que Bolsonaro representa
um risco à democracia e conclui dizendo que
Lula é o único que pode derrotar o atual presidente,
justificando o voto como forma de proteger a
democracia. |
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28/09/2022 |
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(FOLHAPRESS)
- O ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal
Federal) Joaquim Barbosa enviou uma série de
vídeos à campanha do PT nos quais critica o
presidente Jair Bolsonaro (PL), defende a segurança
do processo eleitoral e declara voto no ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O gesto de Barbosa foi obtido em meio a um esforço
da equipe de Lula para conseguir apoios estratégicos,
de nomes não alinhados ao PT, na tentativa de
atrair indecisos e o voto útil de eleitores
de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) ainda
dispostos a trocar de candidato.
O ministro aposentado foi indicado à cadeira
na corte pelo próprio ex-presidente, mas depois
tornou-se algoz do PT. Barbosa presidiu o STF
e foi relator do mensalão, processo que atingiu
em cheio o governo Lula.
No total, o ex-presidente da Supremo enviou
12 vídeos sequenciais à campanha petista na
qual aborda alguns temas.
Neles, Barbosa lembra que foi integrante do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e que, por
ter composto a corte, assegura a segurança e
transparência das eleições, além da capacidade
de acompanhamento do processo, que não pode
ser questionada.
O ministro ainda diz que Bolsonaro representa
um risco à democracia e conclui dizendo que
Lula é o único que pode derrotar o atual presidente,
justificando o voto como forma de proteger a
democracia.
As peças foram enviadas à equipe de comunicação
do PT, que serão exploradas pela campanha.
Barbosa já havia sido consultado por aliados
de Lula havia cerca de três meses sobre a possibilidade
de declarar apoio ao petista. O contato foi
retomado no final da semana passada, porém,
e teve como principal articulador o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSB).
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Coube
a Alckmin telefonar para Barbosa, na sexta-feira
(23) e pedir o apoio do ex-presidente do STF.
Em julho, Barbosa já havia criticado as declarações
do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio
Nogueira, sobre a segurança das urnas eletrônicas.
"Disse o general: 'As Forças Armadas estavam
quietinhas em seu canto e foram convidadas pelo
TSE...'. Ora, general, as Forças Armadas devem
permanecer quietinhas em seu canto, pois não
há espaço para elas na direção do processo eleitoral
brasileiro. Ponto", afirmou Barbosa.
Depois, em agosto, o ex-presidente do STF assinou
a "Carta às brasileiras e aos brasileiros
em defesa do Estado Democrático de Direito".
Barbosa havia se filiado ao PSB em abril de
2018 e recebeu apelos do partido para disputar
a eleição. Por motivos pessoais, porém, o ex-ministro
optou por não concorrer à vaga. Neste ano, desfiliou-se
também do PSB.
Na última semana, Lula viu uma série de figuras
públicas anunciar apoio à candidatura do petista
logo no primeiro turno.
Entre eles o ex-ministro Henrique Meirelles
e o ex-senador Cristovam Buarque, que participaram
de ato com Lula na segunda (19), e o advogado
e professor Miguel Reale Jr., autor do pedido
de impeachment que resultou na cassação da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT).
Personalidades ligadas ao PSDB também declararam
apoio a Lula.
Na quarta (21), o diretor-geral da Fundação
Henrique Cardoso, o cientista político Sergio
Fausto, afirmou ao Painel que irá votar no ex-presidente.
No mesmo dia, o vice de Lula, o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSB), ex-tucano, recebeu apoio
de uma ala do PSDB de Goiás. Alckmin cumpriu
agenda em Goiânia.
Fonte: Noticias ao Minuto,
por FOLHAPRESS
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