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Abuso
de poder, saque dos cofres públicos e máquina
de fake news; Bolsonaro fez de tudo para se
reeleger, e agora pode ser punido. |
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02/11/2022 |
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Continua Depois
da Publicidade
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(Jornalistas
Livres) - Deixando a cadeira da presidência,
Jair Bolsonaro (PL) deve responder a investigações
por uso da máquina pública na campanha e pela
rede de fake news ligada a aliados.
Alguns casos já estão em análise no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). O PT também pretende
apresentar uma nova ação por abuso de poder
político por conta das operações ilegais da
Polícia Rodoviária Federal (PRF) neste domingo
(30).
Com as ações já apresentadas, Bolsonaro não
deve ter mandato cassado, uma vez que esse se
encerra, felizmente, já no dia 31 de dezembro.
No entanto, o que pode ocorrer é a perda de
direitos políticos e a sua inelegibilidade.
A PRF realizou, em pleno dia de segundo turno,
uma série de blitzes e operações que dificultaram
o exercício de voto do eleitor. O TSE havia
proibido qualquer operação que impedisse o deslocamento
de eleitores no domingo do segundo turno. A
PRF, entretanto, não respeitou a determinação
do ministro Alexandre de Moraes e fez pelo menos
560 operações contra ônibus de eleitores.
Abuso de poder!
O que a campanha do presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) alega é que a ação da PRF
foi uma evidente tentativa de interferir no
resultado das urnas, sobretudo na região do
Nordeste, onde Lula tinha vantagem.
Das operações realizadas, 272 foram no Nordeste
(49,5% do total). O deputado federal Paulo Teixeira
(PT-SP) denunciou haver “instrumentalização”
da PRF e da Polícia Federal (PF) para interferir
no processo eleitoral.
Abuso de poder!
Os processos contra Bolsonaro podem ser demorados,
como costuma ocorrer com esse tipo de investigação,
mas a expectativa é que com ele fora do cargo
o ritmo do encaminhamento seja outro.
As acusações contra Bolsonaro tem a ver com
uma série de atitudes em que o presidente utilizou
a máquina pública para tentar reeleição.
Adversários denunciam a liberação de 500 mil
novas famílias no programa Auxílio Brasil antes
do segundo turno, além da antecipação de parcelas
do benefício.
Com a ampliação do programa às vésperas das
eleições, ocorreu um abuso de poder, desrespeitando
limites legais do seu cargo.
Abuso de poder!
Também já havia denúncias contra o uso político
do bicentenário da independência e do funeral
da rainha Elizabeth II. Além disso, também ocorreu
uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada,
que foi transmitida pela TV Brasil.
A lei eleitoral proíbe que o presidente utilize
canais oficiais do governo para fazer campanha
política. Bolsonaro não poderia confundir o
papel de candidato com o de presidente, porém
o fez inúmeras vezes.
Pela quantidade de infrações cometidas pelo
governo Bolsonaro durante a corrida eleitoral,
o presidente tem chances reais de ser condenado
após deixar o cargo.
Fonte:
Jornalistas Livres, por Emanuela Godoy
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Charge
do Dia |
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Charge: Serko Sergio Kohan |
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