Padrasto mata enteado de 3 anos
após menino chorar por saudades da mãe
Padrasto
levou menino ao hospital alegando que ele teria
caído de bicicleta. Depois, assumiu que a criança
bateu a cabeça contra uma quina
09/11/2022
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da Publicidade
(Metrópoles)
- Um padrasto foi preso após matar o enteado,
uma criança de 3 anos, em Ceilândia, nesta terça-feira
(8/11). O menino foi agredido após reclamar
a falta da mãe. O homem levou a vítima ao hospital
e ainda mentiu, dizendo que a vítima teria caído
de bicicleta. Porém, confrontado, admitiu o
crime e acabou preso.
O padrasto, que tem 24 anos, ligou para o Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no início
da tarde desta terça, contando que a criança
havia caído de bicicleta e batido a cabeça no
chão. O garoto foi atendido e encaminhado ao
Hospital Regional de Ceilândia (HRC), já em
parada cardiorrespiratória. A morte foi confirmada
logo depois.
Como as lesões identificadas eram incompatíveis
com a versão do adulto, os médicos chamaram
a Polícia Civil. O suspeito foi conduzido à
19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), onde assumiu
a autoria do crime.
“As lesões estavam
incompatíveis com o que ele narrou no hospital,
então a gente o conduziu para a delegacia. Lá,
ele acabou admitindo que se excedeu e agrediu
a criança, que caiu e bateu a cabeça na quina
do rodapé na cozinha”, explica o delegado Vítor
de Mello, que lavrou o flagrante.
O padrasto alegou que não tinha intenção de
matar o menino e que queria “corrigir” o comportamento
da criança, após uma “birra” pela ausência da
mãe. “Ele foi autuado por homicídio qualificado.
São lesões grandes, que nem condizem com essa
versão que ele contou, mas vamos aguardar o
laudo cadavérico para entender melhor”, detalha
Vítor.
A mãe do pequeno havia saído para trabalhar,
em Taguatinga, quando recebeu ligação do homem,
informando a versão inventada sobre a queda
de bicicleta. Ela voltou para casa imediatamente
e, depois, foi comunicada sobre a morte do filho.
Ouvida na delegacia, a mãe foi liberada.
O homicídio cometido pelo padrasto tem dois
qualificadores que aumentam a pena: impossibilidade
de defesa da vítima e motivo fútil.