'Quando
a minha melhor amiga vai fazer yoga, deixa que
eu tenha sexo com o marido'
Quanto
mais ela explicava, calmamente e com sentido
de humor, mais razoável me começava a parecer
a ideia.
27/01/2023
(Máxima) - Naqueles
anos iniciais de lua de mel, eu e o meu marido
parecíamos ter uma química perfeita na cama.
Mais tarde, talvez inevitavelmente, as coisas
abrandaram depois de termos tido filhos.
A amamentação e as noites sem dormir refrearam
os meus níveis de energia e o meu apetite por
intimidade, além de que, como pais recentes,
estávamos demasiado exaustos para sentirmos
falta das noites apaixonadas.
Só que quando os nossos três filhos começaram
a ir à escola, de repente dei comigo em meados
dos meus 40 anos, com muito mais tempo e energia
– e desejo. De início, o meu zeloso marido satisfazia-me
todos os fins de semana, mas depois a sua energia,
e mesmo o seu interesse, começaram a esmorecer.
Muitas vezes o cansaço, o trabalho, ou qualquer
outra desculpa conveniente mete-se pelo caminho.
Eu ficava aborrecida com isto e a frustração
estava a desgastar-me a mim e ao nosso casamento.
Foi então que, numa noite em que saí, desabafei
com a minha melhor amiga, a Sarah. Viemos a
descobrir que as nossas relações eram o inverso
uma da outra. Enquanto o marido dela, Dan, ainda
tinha uma líbido muito vigorosa, a Sarah não
sentia o menor desejo por ele.
Ao longo dos anos ela havia considerado a hipótese
de o deixar, porque os dois tinham-se tornado
mais como irmão e irmã, mas, pelos motivos habituais
– casa, finanças, filhos –, tinha decidido ficar.
Da nossa conversa não surtiram quaisquer efeitos,
a princípio, mas de tempos a tempos retomávamos
o assunto, de passagem, meio a brincar. Até
que um dia, abri uma mensagem da Sarah no WhatsApp
e quase me engasguei com a minha bebida.
"Não queres dormir com o Dan? Estarias
a fazer-nos um favor a ambos", sugeria
ela. Presumi que ela estava a brincar e dei-lhe
uma resposta de acordo com isso, mas ela rapidamente
respondeu que estava a falar muito a sério.
Encontrámo-nos para tomar um café.
Comecei por lhe dizer que eu, francamente não
era o tipo de pessoa que entrasse neste tipo
de coisas, mas a Sarah não se deixou demover.
Ela pura e simplesmente não queria ter sexo
com o marido, como me explicou, e preferia saber
com quem ele andava do que tê-lo em busca de
conforto sexual noutro sítio qualquer.
Eu continuava a pensar que todo aquele plano
era um bocado esquisito, mas a Sarah não achava
isso – de todo –, e quanto mais ela explicava,
calmamente e com sentido de humor, mais razoável
me começava a parecer.
Eu não estava absolutamente nada interessada
em roubar-lhe o marido – deixei isso 100% claro
–, mas a ideia de ter sexo com alguém que de
facto o queria fazer era extremamente apelativa.
Conhecia o Dan desde que eles os dois se tinham
casado e embora eu nunca me tivesse sentido
atraída por ele, não havia como negar que estava
em boa forma física e que parecia ser um tipo
amável e simpático. Depois de passar alguns
dias a pensar nisso, disse que sim.
O único problema com este excelente plano, uma
vez tendo eu mudado de opinião quanto ao mesmo,
era o meu marido. Eu simplesmente sabia que
ele não ia alinhar nisto e não havia uma forma
de abordar o assunto sem provocar uma quantidade
sem fim de complicações desnecessárias. O melhor,
pareceu-me a mim, era não lhe dizer de todo.
A Sarah tinha um plano todo organizado. Sugeriu
que eu fosse à casa dela nos fins de tarde em
que ela estava no yoga – e que dissesse ao meu
marido que ia ter aula com ela. O Dan em breve
aceitou também a ideia, com a bênção da Sarah
e, até, o seu incentivo.
Não vou entrar aqui em todos os detalhes, a
não ser dizer que funcionou, e não apenas da
primeira vez, mas já ao longo de seis meses.
O meu marido continua sem nada saber. No passado,
tinha andado a encarar a perspetiva de um divórcio,
mas todos essas ideias me desapareceram do pensamento.
Com a Sarah e o Dan passa-se o mesmo.
De momento, este é realmente o arranjo perfeito
para todos nós. Embora eu, de facto, me sinta
culpada, também me sinto tão realizada, satisfeita
e feliz como há muito tempo não me sentia. E,
do meu ponto de vista, isto é do interesse dos
dois.
Marta
Suplicy | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Votei
pelo impeachment, achei que era coerente com
o que eu achava naquele momento. Depois, é [analisar]
o prédio pronto, […] porque os resultados… Não
sei se foi fruto só do impeachment, mas tivemos
o Bolsonaro, que foi uma praga”. (Marta
Suplicy, ex-ministra de Dilma) –Metrópoles
(Blog do Noblat) 27/01/2023
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de Claudio | Folha de são Paulo – 26/01/2023
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