Um
caso de violência doméstica cometido
contra uma criança de apenas seis anos chocou
os moradores de Ipirá, a 204 km de Salvador,
na madrugada do último sábado. A criança
foi espancada pela própria mãe que
apresentava sinais de embriaguez. A menina, com
marcas de sangue nos braços e rosto, foi
socorrida por populares, que relataram que a mãe
estava totalmente descontrolada.
A criança
foi espancada pela própria mãe, Aurina
Gonçalves Santos,24 anos, que agrediu sua
filha com tapas e unhas. De acordo com informações
do Conselho Tutelar, a agressão foi confirmada
pelos parentes do pai da vítima, que afirmaram
não ser a primeira vez que a acusada maltrata
a filha. Mãe de mais outras duas crianças,
Aurina no momento de sua prisão não
apresentou sinais de arrependimento. Os vizinhos
relataram, que a mãe é muito violenta
e que o caso só chegou ao Conselho e a Polícia
pela gravidade das lesões.A mãe espancou
a filha,achando que a mesma teria pego R$10 reais
de uma vizinha,o que não foi confirmado.Apresentando
sinais de embriaguez resolveu bater na filha."A
menina gritava,chorava,chamava pelo nome de Deus
o tempo todo, pedia que a mãe parasse de
bater e gritava, que não foi eu mãe
que pegou o dinheiro,não acreditando a mãe
não parava de bater",relatou uma vizinha
da agressora, que não quis ser identificada.Aurina
é mãe de dois filhos, na faixa etária
de 1 e 8 anos. O Conselho Tutelar encaminhou a criança
para a casa de familiares do pai.
O pai da menina,
de nome "Tuca",foi preso ano passado em
Ipirá,acusado de ter matado uma pessoa e
por praticar outros crimes.De acordo com Edna Souza
,conselheira, a criança vai passar por exame
de corpo de delito, para constatar no Boletim de
Ocorrência contra a agressora, que será
julgada pelos seus atos.A conselheira explica que
este não é motivo para que a mãe
perca a guarda do filho. "Como esta é
a primeira ocorrência e a mãe não
tem antecedentes criminais, ela será julgada
e o destino da criança será decidido
pelo juíz da Vara da Infância. No entanto,
a criança passará por tratamento com
psicólogo e a mãe será encaminhada
ao Centro de Referência da Assistência
Social (CRAS) e ao Psiquiatra ", declara.Para
a conselheira, vários motivos levam os pais
a espancar seus filhos, um deles é a falta
de informação. "As crianças
são vítimas primeiramente da desestrutura
familiar, pois alguns pais acreditam que bater é
uma forma de educar, e chegam ao cúmulo de
dizer que o Estatuto veio tirar a moral dos pais.
Sem contar a influência do ambiente, geralmente
de marginalização, em que vivem.
É
importante destacar que uma criação
com violência induz ao mundo do crime",
conta Edna.Aurina foi autuada em flagrante baseada
na Lei Maria da Penha e encontra-se detida na Delegacia
de Polícia de Ipirá á disposição
da justiça.
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