Aurina se escondeu da imprensa.
 
Mãe espanca filha de seis anos em Ipirá e vai presa
             Cristina Ribeiro
 
      Um caso de violência doméstica cometido contra uma criança de apenas seis anos chocou os moradores de Ipirá, a 204 km de Salvador, na madrugada do último sábado. A criança foi espancada pela própria mãe que apresentava sinais de embriaguez. A menina, com marcas de sangue nos braços e rosto, foi socorrida por populares, que relataram que a mãe estava totalmente descontrolada.

      A criança foi espancada pela própria mãe, Aurina Gonçalves Santos,24 anos, que agrediu sua filha com tapas e unhas. De acordo com informações do Conselho Tutelar, a agressão foi confirmada pelos parentes do pai da vítima, que afirmaram não ser a primeira vez que a acusada maltrata a filha. Mãe de mais outras duas crianças, Aurina no momento de sua prisão não apresentou sinais de arrependimento. Os vizinhos relataram, que a mãe é muito violenta e que o caso só chegou ao Conselho e a Polícia pela gravidade das lesões.A mãe espancou a filha,achando que a mesma teria pego R$10 reais de uma vizinha,o que não foi confirmado.Apresentando sinais de embriaguez resolveu bater na filha."A menina gritava,chorava,chamava pelo nome de Deus o tempo todo, pedia que a mãe parasse de bater e gritava, que não foi eu mãe que pegou o dinheiro,não acreditando a mãe não parava de bater",relatou uma vizinha da agressora, que não quis ser identificada.Aurina é mãe de dois filhos, na faixa etária de 1 e 8 anos. O Conselho Tutelar encaminhou a criança para a casa de familiares do pai.

      O pai da menina, de nome "Tuca",foi preso ano passado em Ipirá,acusado de ter matado uma pessoa e por praticar outros crimes.De acordo com Edna Souza ,conselheira, a criança vai passar por exame de corpo de delito, para constatar no Boletim de Ocorrência contra a agressora, que será julgada pelos seus atos.A conselheira explica que este não é motivo para que a mãe perca a guarda do filho. "Como esta é a primeira ocorrência e a mãe não tem antecedentes criminais, ela será julgada e o destino da criança será decidido pelo juíz da Vara da Infância. No entanto, a criança passará por tratamento com psicólogo e a mãe será encaminhada ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e ao Psiquiatra ", declara.Para a conselheira, vários motivos levam os pais a espancar seus filhos, um deles é a falta de informação. "As crianças são vítimas primeiramente da desestrutura familiar, pois alguns pais acreditam que bater é uma forma de educar, e chegam ao cúmulo de dizer que o Estatuto veio tirar a moral dos pais. Sem contar a influência do ambiente, geralmente de marginalização, em que vivem.

       É importante destacar que uma criação com violência induz ao mundo do crime", conta Edna.Aurina foi autuada em flagrante baseada na Lei Maria da Penha e encontra-se detida na Delegacia de Polícia de Ipirá á disposição da justiça.