Dois
presos considerados altamente perigosos, Itamar
Santana Rangel, e Jurandir Jesus da Silva, ambos
com 27 anos, fugiram do Hospital Regional de Itaberaba,
onde se encontravam internados. A própria
diretora do hospital, Lívia Souza de Oliveira,
admitiu que a fuga não foi uma surpresa e
afirmou ter sido causada por uma falha dos agentes
carcerários da Polícia Civil. Os presos,
que já tinham diversas passagens pela polícia,
deram entrada no hospital no dia 3 de novembro apresentando
dores abdominais, tosse e vômitos, durante
uma micareta fora de época em Itaberaba,
a 270 km de Salvador.
Os agentes carcerários não teriam
cumprindo os procedimentos necessários para
a segurança. Não há informações
se a Polícia Civil, já abriu inquérito
e também se está apurando as causas.
Os bandidos abriram as algemas e fugiram pela lavanderia
do hospital. Eles pularam uma parte do muro, localizado
nos fundos, onde não existe arame farpado
e deveria ser vigiado por policiais. Segundo informações,
dois funcionários da prefeitura do município
que trabalham na delegacia estavam fazendo a segurança
dos presos, mas não teriam formação
policial. Porém, na hora da troca do plantão
não havia ninguém na enfermaria, localizada
em uma área isolada do hospital.
Denúncias apontam que os dois funcionários
foram contratados apenas para fazer trabalhos administrativos
internos na delegacia, e não para fazer custódia
de bandidos. A fuga foi descoberta porque uma enfermeira
foi fazer a medicação dos presos,
por volta das 20 horas, e quando chegou no local
encontrou apenas as algemas. Segundo a diretora
do hospital Lívia Souza de Oliveira, a fuga
não foi uma surpresa pelo fato de outras
já terem acontecido neste ano. A diretora
ressaltou que no dia da fuga, durante o horário
de visitas, grampos de cabelos foram entregues aos
presos pelos visitantes, o que teria facilitado
na abertura das algemas.
"A responsabilidade da custódia dos
presos na unidade de saúde não é
do hospital e sim da Policia Civil", explicou
Lívia Oliveira. Um médico da unidade
que preferiu não se identificar, também
reconheceu a facilidade da fuga e disse ainda que,
como na maioria das vezes os presos ficam internados
na unidade de saúde, os policias civis criam
dificuldades para permanecer no local.
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