Delegacia de Tapiramutá não tem viatura nem policias
             Cristina Ribeiro
 
O município de Tapiramutá, sofre com a falta de segurança, que aumentou gradativamente nos últimos meses. A ausência de agentes se alia à falta de estrutura da Polícia Civil. A falta de policiais dificulta o funcionamento da delegacia. A nossa equipe de reportagem no último dia 26 de novembro, esteve visitando a unidade e pode constatar as denúncias feitas, em relação ao problema. A delegacia, esta caindo aos pedaços e a falta de agentes policiais, escrivão, viatura, armamento e suporte administrativo são as principais dificuldades para combater a violência no município de quase de 20 mil habitantes. A violência tem deixado marcas na região e a população está apavorada.A falta de estrutura prejudica o andamento de inquéritos, dificulta o atendimento à população, impede o planejamento de estratégias de combate à violência e a investigação de quadrilhas que atuam na localidade. O município desassistido é assumido por um único delegado, Renato Miranda, que responde pelo município de Tapiramutá há mais de um ano. Constatamos também, que na delegacia não há viatura a mais de um ano e quando a necessidade de uma ronda ou diligência é necessário pedir um carro emprestado. O registro do trabalho da Polícia Judiciária é feito pelo próprio delegado."Não tem condições de exigirmos de um delegado de polícia, que ele trabalhe com desenvoltura, porque não tem material nenhum para trabalhar, ele não tem viatura, não tem agente de polícia, ele não tem disponibilidade de tempo, porque os inquéritos estão abarrotados.O delegado não tem nem uma cadeira para sentar confortavelmente, durante o expediente"disse um dentista conhecido na região, drº. Francisco,que sensibilizado com a situação na delegacia, se propôs a fazer uma campanha, na qual já doou um garrote, para comprar cadeira e outros matérias
administrativos.A nossa equipe de reportagem pode constatar que no local onde funciona a delegacia, as janelas estão quebradas, com diversos buracos, não dispõe de um computador ou até mesmo de uma maquina de datilografia, a única máquina funciona com precariedade.Na unidade não têm água tratada para os funcionários beberem, o único banheiro esta em péssimas condições.A unidade esta precisando ser interditada, pois há anos a vigilância sanitária não realizou vistoria no local. Outro fato preocupante é que a função da Guarda Municipal é confundida com a da polícia.São os guardas que fazem a custódia dos presos.Há informações, de que existe um preso na unidade, de alta periculosidade e os guardas correm riscos de vida juntamente com a sociedade, de serem surpreendidos por uma fuga a qualquer momento.Sem preparação e armamento adequado os "Guardas Municipais", trabalham na delegacia diariamente em turno reservado.O delegado Renato Mirando foi procurado pela nossa reportagem, mais não quis gravar entrevista. A única coisa que ele comentou foi "se não fosse o meu interesse de me aprimorar na profissão não teríamos condições de dar o andamento normal aos inquéritos, destacando que dentro das limitações atuais está trabalhando da melhor forma possível" disse Renato.