O
município de Tapiramutá, sofre com
a falta de segurança, que aumentou gradativamente
nos últimos meses. A ausência de agentes
se alia à falta de estrutura da Polícia
Civil. A falta de policiais dificulta o funcionamento
da delegacia. A nossa equipe de reportagem no último
dia 26 de novembro, esteve visitando a unidade e
pode constatar as denúncias feitas, em relação
ao problema. A delegacia, esta caindo aos pedaços
e a falta de agentes policiais, escrivão,
viatura, armamento e suporte administrativo são
as principais dificuldades para combater a violência
no município de quase de 20 mil habitantes.
A violência tem deixado marcas na região
e a população está apavorada.A
falta de estrutura prejudica o andamento de inquéritos,
dificulta o atendimento à população,
impede o planejamento de estratégias de combate
à violência e a investigação
de quadrilhas que atuam na localidade. O município
desassistido é assumido por um único
delegado, Renato Miranda, que responde pelo município
de Tapiramutá há mais de um ano. Constatamos
também, que na delegacia não há
viatura a mais de um ano e quando a necessidade
de uma ronda ou diligência é necessário
pedir um carro emprestado. O registro do trabalho
da Polícia Judiciária é feito
pelo próprio delegado."Não tem
condições de exigirmos de um delegado
de polícia, que ele trabalhe com desenvoltura,
porque não tem material nenhum para trabalhar,
ele não tem viatura, não tem agente
de polícia, ele não tem disponibilidade
de tempo, porque os inquéritos estão
abarrotados.O delegado não tem nem uma cadeira
para sentar confortavelmente, durante o expediente"disse
um dentista conhecido na região, drº.
Francisco,que sensibilizado com a situação
na delegacia, se propôs a fazer uma campanha,
na qual já doou um garrote, para comprar
cadeira e outros matérias
administrativos.A nossa equipe de reportagem pode
constatar que no local onde funciona a delegacia,
as janelas estão quebradas, com diversos
buracos, não dispõe de um computador
ou até mesmo de uma maquina de datilografia,
a única máquina funciona com precariedade.Na
unidade não têm água tratada
para os funcionários beberem, o único
banheiro esta em péssimas condições.A
unidade esta precisando ser interditada, pois há
anos a vigilância sanitária não
realizou vistoria no local. Outro fato preocupante
é que a função da Guarda Municipal
é confundida com a da polícia.São
os guardas que fazem a custódia dos presos.Há
informações, de que existe um preso
na unidade, de alta periculosidade e os guardas
correm riscos de vida juntamente com a sociedade,
de serem surpreendidos por uma fuga a qualquer momento.Sem
preparação e armamento adequado os
"Guardas Municipais", trabalham na delegacia
diariamente em turno reservado.O delegado Renato
Mirando foi procurado pela nossa reportagem, mais
não quis gravar entrevista. A única
coisa que ele comentou foi "se não fosse
o meu interesse de me aprimorar na profissão
não teríamos condições
de dar o andamento normal aos inquéritos,
destacando que dentro das limitações
atuais está trabalhando da melhor forma possível"
disse Renato.
|