Recentemente, o poder público municipal recebeu
a informação que um grupo de cerca de 20 famílias
invadiram as casas populares próximo ao Centro
de Abastecimento de Ipirá-Bahia.
Segundo informações da prefeitura, houve denúncias
de que pessoas da cidade e de outras localidades
estavam invadindo e incentivando a invasão a esses
imóveis para serem favorecidas na entrega das
casas populares.
Segundo os invasores, o objetivo principal da
invasão seria a necessidade de moradias. "As
casas já deveriam ter sido entregues à população,
mas a prefeitura esta demorando demais. Muitas
das pessoas inscritas precisam, mas têm muita
gente que não precisa, os invasores são totalmente
sem condições, no momento estamos na rua, desabrigados,
sem condições nenhuma e isso não é justo",
disse Marcelo de Jesus, invasor de uma das casas.
A prefeitura alerta que as casas estão em processo
de liberação e ainda não apresentam condições
adequadas a moradia, estudos relativos ao meio
ambiente ainda estão em andamentos.
O poder público municipal orientou os invasores
a deixarem os imóveis. Depois de varias tentativas
de negociação, não se chegando a um acordo, ações
judiciais foram tomadas, as polícias civil e militar
foram acionadas e os invasores foram comunicados
judicialmente a entregarem as moradias invadidas.
Mas preferiram continuarem no local.
Nesta sexta-feira, 12, uma operação policial comandada
pelo delegado de polícia civil do município, Caril
Ribeiro, garantiu o cumprimento da ordem judicial.
Os invasores foram obrigados a cumprirem o mandato
e a desocuparem as casas invadidas, ninguém saiu
ferido.
"É grande a nossa preocupação", ressaltou
o prefeito, Diomário Sá. "É um bem público.
Tentamos conversar, propusemos negociações, mas
eles disseram que iriam ficar porque querem casa
para morar. As casas, porém, estão destinadas
a famílias que já estão cadastradas. Mesmo que
quiséssemos não poderiamos permitir, pois seria
um desrespeito a ordem pública, também as casas
ainda não foram totalmente construídas e estão
em processo de liberação pelo Ministério Público
que analisa supostos problemas ambientais",
explicou o gestor público.
A secretaria de Assistência e Desenvolvimento
Social do município alerta que fará o cadastro
das pessoas, que invadiram a área, em caso de
comprovação de necessidade e sendo pessoas do
município, tudo será feito para que estas pessoas
sejam inscritas no cadastro de pessoas a terem
direito a futuras residências populares. |