Governo Bolsonaro faz 29,4% da
população mergulhar na pobreza e 1% ficar milionária
05/12/2022
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(DCM)
- De janeiro de 2019 a dezembro de 2021, período
que corresponde aos três primeiros anos do governo
de Jair Bolsonaro (PL), a desigualdade social
aumentou no Brasil. De acordo com informações
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
o número de milionários bateu recorde, mas também
foi grande a quantidade de pessoas que mergulharam
na pobreza.
Dados divulgados pela Folha de S.Paulo apontam
que, no mandato do político do Partido Liberal,
o país registrou 2,1 milhões de pessoas com
rendimentos anuais acima de R$ 1 milhão. Esse
número corresponde a cerca de 1% da população
e 562 mil brasileiros entraram para esse grupo.
Outros 29,4% de brasileiros, cerca de 62,5 milhões
de pessoas, mergulharam na pobreza.
Já entre 2003 e 2014, período que corresponde
aos dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e o primeiro de Dilma Roussef (PT), os
milionários passaram de 18,5 mil para 19,8 mil,
estando concentrados em estados como SP, RJ,
MG, RS e PR. Na época, esse grupo representava
0,1% da população e começou a crescer após o
impeachment da ex-presidente, em 2016.
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Tanto
Michel Temer (MDB) quanto Jair Bolsonaro conduziram
políticas pró mercado e os estados que mais
registraram novos endinheirados foram Roraima
e Rondônia, apesar de o maior número de milionários
continuar concentrado em São Paulo e Rio de
Janeiro.
De acordo com especialistas, o crescimento do
número de brasileiros que apresenta rendimentos
anuais acima de R$ 1 milhão se deve à expansão
agrícola no país, quando a fortuna relacionada
a esse setor foi interiorizada e permitiu que
marcas de luxo diversificassem suas vendas.
Cientistas políticos também consideram que a
nova geografia da riqueza, concentrada em locais
do agronegócio, explica o fato de o conservadorismo
ter se fortalecido nesses estados, culminando
com a preferência por Jair Bolsonaro, com exceção
do Maranhão, onde a quantidade de milionários
aumentou, mas Lula obteve vantagem.