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11/02/2023 |
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(Agildo Barreto) -
A relação da gestão do prefeito Dudy com a imprensa
local é simplesmente ingênua e admiravelmente
amadora. Eles acham que está tudo certo e nos
conformes da lei, da legalidade e da ética.
Será que passa no teste da transparência?
Nessa relação prefeitura
e imprensa local: quanto a prefeitura paga à
rádio FM do ex-deputado, para veicular um programa
semanal? É preço do mercado ou é o extraordinariamente
precinho amigo? Não sei. Tratando-se de dinheiro
público, naturalmente, todo cidadão tem o direito
de sabê-lo. Por que não?
Por curiosidade e para saber o valor real que
a Prefeitura de Ipirá paga à rádio FM do ex-deputado;
procurei o CONTRATO na Transparência, como se
procura uma agulha no palheiro e não encontrei
nada. Ele deve existir ou tem que existir. Uma
relação desta envergadura, entre uma prefeitura
e uma empresa de grande proeminência do meio
de comunicação não pode acontecer de forma camuflada
e clandestina. Agora, pagamento na transparência,
não tem não, papá!
Na verdade, o bicho pega
é para os sites locais, que trabalham para a
prefeitura sem nenhum contrato com a instituição.
Não tem nem assinatura em papel pardo. Com os
sites é de boca, na clandestinidade absoluta;
além do mais, vigora a lei da Mordaça, nenhum
deles pode colocar um reclame da comunidade
contra o poder público; vivemos no melhor e
mais perfeito paraíso: Ipirá sem nenhum problema!
Sem um único problema de responsabilidade da
prefeitura, pelo menos para os sites locais
e para os prepostos da prefeitura.
E o que é mais grave:
não existe nada na prefeitura que prove e comprove
o pagamento (pela prefeitura) deste serviço
prestado pela mídia local. Não tem empenho,
nem recibo, nem certificado obrigatório de pagamento
na transparência. Nada, simplesmente nada. Será
que essa turma presta serviço à prefeitura de
graça, na base do ‘zero oitocentos’?
Prefeito Dudy, assim não dá! Eu já salvei a
sua pele naquele contrato com a ABENG, quando
V.Exa., espertamente, abriu os olhos, bateu
o carimbo CANCELADO e saltou uma fogueira. Agora,
nesse caso dos sites locais, eu não posso fazer
nada. Observe bem, prefeito Dudy!
Como é que eu vou dizer que os sites locais
não prestam e nunca prestaram serviços à prefeitura?
Nem eu querendo para limpar a sua barra; aí
eu não posso, prefeito! Onde V. Exa. estava
com a cabeça ao deixa acontecer trabalho clandestino
na prefeitura em sua gestão? E olhe bem, justamente,
com um pessoal que trabalha com a comunicação!
Esse pessoal tem muita força, prefeito! Será
que V. Exa. acha que tudo pode na sua administração
pública?
Prefeito! É mais uma enroscada em que V. Exa.
bota o pescoço. As reuniões aconteciam na prefeitura,
quem sabe até no seu gabinete. Basta uma foto
ou um vídeo para prová-lo. Começava assim: “vocês
não vão fazer reportagem, apenas vão publicar
o que enviarmos” e arrematavam com classe: “quem
não vestir a camisa da prefeitura está fora!”
Isso é um verdadeiro teste de fidelidade com
o dinheiro público para submeter, amordaçar
e sujeitar física e afetivamente a mídia local.
Isso está correto, prefeito?
Prefeito! V. Exa. tem noção da carga de humilhação
que carrega tais imposições? Não!? É até possível,
porque V. Exa. paga uma merreca pelo serviço.
Mais ou menos assim: a prefeitura paga em dinheiro
a uma empresa amiga, que paga uma merreca à
mídia local. Isso fica parecendo que é nadar
de braçadas na ilegalidade. É aqui que mora
o perigo. Sem recibo e com pagamento avulso,
por debaixo do tapete, pode ficar consumado
uma grave ilegalidade.
Basta a quebra do sigilo
bancário das contas em atividades; basta o levantamento
de um simples PIX da empresa para as diversas
mídias locais, que não fizeram nenhum trabalho
para tal empresa. Sendo averiguado como verdadeiro,
o caldo entorna. É assim que a casa cai.
Se essa situação
cair nas mãos do Ministério
Público local para uma análise e um parecer
sobre sua legalidade, naturalmente, o poderoso
gestor terá uma grande dor de cabeça, que poderá
se transformar numa enxaqueca, pois
quem está na cabeça da pule para sentar na sua
cadeira é a sua vice-prefeita. Nada melhor do
que o fuzuê e o furdunço para esfriar a cabeça
do povo.
Fonte:
Agildo Barreto |
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