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HÁ
12 DIAS INTERNADA |
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Estado
da Bahia não cumpre liminar e idosa aguarda
cirurgia urgente em UPA |
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Maria
Nilza Sena, de 69 anos, fraturou o fêmur depois
de uma queda em casa |
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04/12/2023 |
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(Correio
24 horas) - A família de Maria Nilza Sena Alves,
de 69 anos, vive momentos de aflição desde o
dia 22 de novembro, quando a idosa foi internada
na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Pernambués,
depois de uma queda em casa.
A paciente fraturou o fêmur e precisa passar
por uma cirurgia ortopédica urgente. Na última
terça-feira (28), a Justiça expediu decisão
liminar para que Maria Nilza fosse transferida
em 48 horas, o que não foi cumprido.
Na noite de sábado (2), o estado de saúde da
idosa piorou e ela foi transferida para a Sala
Vermelha da UPA, que não tem a estrutura adequada
para o tratamento da paciente.
O último relatório médico indica a necessidade
de transferência para uma Unidade de Tratamento
Intensiva (UTI) clínica. Maria Nilza tem Parkinson
e outras comorbidades.
“Precisamos conseguir esse leito o mais rápido
possível porque ela só está piorando nessa espera,
em um local que não é o mais adequado.
Ela era uma paciente que andava e fazia as coisas
de casa, mas está há 12 dias sem poder se mexer
praticamente”, diz Ana Luiza Sena, sobrinha
de Maria Nilza. O relatório médico aponta, inclusive,
que a paciente possui perda de pele com aspecto
necrótico por conta de uma ferida.
No dia 28 de novembro, a juíza Mariana Varjão
Alves Evangelista, da 2ª Vara do Sistema dos
Juizados Especiais da Fazenda Pública, expediu
uma decisão liminar em que definiu um prazo
de dois dias para que a paciente fosse transferida
para um local adequado. A decisão, no entanto,
não foi cumprida.
Uma resolução
de 2014 do Conselho Federal de Medicina (CFM),
afirma que o tempo máximo de permanência de
um paciente na UPA para elucidação diagnóstica
e tratamento é de 24 horas.
“A liminar já venceu há
mais de 24 horas e o Estado da Bahia, que é
réu nessa ação, está descumprindo a decisão,
o que é um absurdo”, lamenta Ana Luiza Sena.
A reportagem questionou a Procuradoria Geral
do Estado da Bahia (PGE) sobre os motivos pelos
quais a decisão liminar não foi cumprida, mas
não teve retorno até a publicação desta reportagem.
Ministério Público (MP-BA), Tribunal de Justiça
(TJ-BA) e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
(Sesab) também foram procurados, mas não responderam
sobre a situação da paciente.
Fonte:
Correio 24 horas, publicado em 03/12/2023 às
15:49:18
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