Amanda
Partata é suspeita de envenenar homem e mulher em Goiás
— Foto: Reprodução/Redes Sociais
EAdvogada
é presa suspeita de matar ex-sogro e a mãe dele
envenenados
O
caso começou a ser investigado após a morte
de mãe e filho depois de um café da manhã com
a mulher. Participação de doceria foi totalmente
descartada, segundo a polícia.
21/12/2023
(g1) - A Polícia Civil
prendeu nesta quarta-feira (20) Amanda Partata
por suspeita de matar o ex-sogro Leonardo Pereira
Alves e a mãe dele, Luzia Alves, envenenados,
em Goiânia.
Inicialmente, investigou-se a possibilidade
de mãe e filho terem tido complicações por uma
intoxicação alimentar causada por um bolo de
uma doceria da capital, mas essa versão foi
totalmente descartada.
“O caso é bem complexo, envolve um grau de psicopatia.
Vamos ouvir novamente a Amanda, porque existem
detalhes relevantes, inclusive de outros crimes
relacionados à investigada. O que nós adiantamos
é que, de fato, se trata de um duplo homicídio
por envenenamento”, disse o delegado Carlos
Alfama.
O g1 não localizou a defesa da mulher para se
manifestar sobre o caso.
Leonardo
Pereira Alves (lado esquerdo) e a mãe Luzia
Alves (lado direitos) —
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Suspeita
Amanda é advogada. Nas redes sociais, ela também
se apresenta como psicóloga, mas segundo o Conselho
Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), ela
não tem registro profissional ativo no banco
de dados do Conselho.
Na porta da delegacia, ao ser questionada por
jornalista sobre o crime ela disse por mais
de uma vez "Eu não fiz isso". Ela
também chegou a afirmar que está grávida.
Entenda o caso
O caso começou a ser investigado na segunda-feira
(18), após a morte de Leonardo. Em um boletim
de ocorrência, a esposa dele afirma que a ex-nora
comprou o doce para um café da manhã com a família.
Leonardo, Luzia e a própria mulher comeram durante
a manhã de domingo (17).
Cerca de três horas depois do consumo, Leonardo
e Luzia começaram a sentir dores abdominais,
além de também apresentarem vômitos e diarreia.
Mãe e filho foram internados no Hospital Santa
Bárbara, em Goiânia, mas os dois não resistiram
e morreram ainda no domingo.
Segundo o boletim, Luzia chegou a ser internada
na Unidade de Terapia Intensiva, mas o quadro
clínico já estava bastante agravado.
A ex-nora, também conforme o relato, comeu a
sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo
para Itumbiara, quando também começou a sentir
os sintomas e retornou à capital.
Até então, a família acreditava que o doce havia
causado as mortes por estar contaminado e, por
isso, exigiu a investigação. A polícia e outros
órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás,
visitaram as unidades da empresa para averiguar
os produtos, em busca de irregularidades e evidências
da contaminação.
Ainda na segunda-feira (18), o Procon Goiás
publicou uma nota dizendo: “Os agentes verificaram
informações contidas nas embalagens, datas de
fabricação e validade, acomodação e refrigeração
dos doces e, nesta ocasião, não foi constatada
nenhuma irregularidade nos produtos fiscalizados.
As informações e documentação foram repassadas
para a Delegacia Estadual de Investigação de
Homicídios, que segue com as apurações”.
Sofrimento da
família
O caso ganhou repercussão em todo o estado de
Goiás depois que a filha de Leonardo usou as
redes sociais para falar sobre a morte do pai.
A médica Maria Paula Alves contou que Leonardo
era uma pessoa saudável e extraordinária.
“Papai era uma pessoa de 58 anos que não tinha
1 fio de cabelo branco na cuca e que acordou
o dia 17 de dezembro completamente bem. Os porquês,
a surpresa, a angústia, o desentendimento e
a dúvida não terão espaço nesse texto. O texto
é sobre o senhor ter sido - e ainda ser - o
maior exemplo de homem/pai que eu encontrei”,
disse a jovem.
Polícia
prende mulher suspeita de ter provocado duas
mortes com
doces envenenados
A
suspeita se identifica nas redes sociais como
psicóloga e advogada aposentada. O policial
civil Leonardo Pereira Alves, de 5 anos, e a
mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, morreram
após comer doces de uma confeitaria. A polícia
investiga a motivação do crime. O caso aconteceu
em Goiás | Jornal da Record -
20/12/2023.
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