(Metrópoles)
- O plano para matar o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT); o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes; e o vice-presidente
Geraldo Alckmin (PSB), debatido em 12 de novembro
na casa do general Braga Netto, considerava
executar as autoridades por envenenamento.
“Foram consideradas diversas condições de execução
do ministro Alexandre de Moraes, inclusive com
o uso de artefato explosivo e por envenenamento
em evento oficial público. Há uma citação aos
riscos da ação, dizendo que os danos colaterais
seriam muito altos, que a chance de ‘captura’
seria alta e que a chance de baixa (termo relacionado
a morte no contexto militar) seria alto”, detalha
a investigação.
Utilizando os codinomes “Jeca”, para se referir
a Lula, e “Joca”, para Alckmin, o assassinato
da chapa presidencial por envenenamento também
foi considerado pelos militares.
“Para execução do presidente Lula, o documento
descreve, considerando sua vulnerabilidade de
saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade
de utilização de envenenamento ou uso de químicos
para causar um colapso orgânico”, diz documento
da PF.
A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia
Federal nesta terça-feira, foi autorizada pelo
ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação
visa desarticular organização criminosa que
teria planejado golpe de Estado em 2022 para
impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) e atacar o STF.
Segundo a PF, havia um planejamento operacional,
denominado “Punhal Verde e Amarelo”, para matar
Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro
do STF Alexandre de Moraes.
A operação mira os “kids pretos”, que seriam
militares da ativa e da reserva. Além deles,
um policial federal foi preso.
Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes,
que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral
da Presidência no governo Jair Bolsonaro e hoje
é assessor do deputado federal Eduardo Pazuello,
ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.
Outros “kids pretos” presos:Tenente-coronel
Helio Ferreira Lima
Major Rodrigo Bezerra Azevedo
Major Rafael Martins de Oliveira
Também foi preso o policial federal Wladimir
Matos Soares.