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Agildo
Barreto |
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É
NÓIS QUI MANDA EM IPIRÁ |
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16/10/2024 |
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Quando
você participa de uma marmelada você não sente
o gosto, mas quando você prova um pedaço de
marmelada, aí você sente o gosto amargo.
A primeira e grande desculpa dada pelo líder
do grupo jacu foi simplesmente esfarrapada:
“gastaram muito dinheiro!”
Quem ficar olhando só pelo lado do financeiro
vai ficar zarolho. A culpa foi do dinheiro gasto
pela macacada. Tudo bem! Vamos considerar o
dinheiro gasto como primordial e determinante.
Daí, podemos indagar: por que dona Nina não
tirou 5 milhões da bolsa de madame? Por que
a jacuzada não colocou 5 milhões na mesa para
a campanha? Estamos falando de dinheiro para
vencer uma campanha.
Vou ser mais claro: a candidata Nina esperava
que a jacuzada ajudasse a bancar a campanha
e a jacuzada esperava que dona Nina trouxesse
dinheiro para a campanha. Nem uma coisa nem
outra.
Financeiramente a campanha da jacuzada ficou
chupando dedo e fez uma campanha de freio de
mão puxado, amarrada, devagar ou devagarinho.
O jacu virou bicho-preguiça. Quem te viu e quem
te vê numa lata de marmelada.
Se não apareceu esse dinheiro era porque tinha
‘dois lisos’ (candidata e grupo) pela jacuzada
querendo ganhar uma prefeitura ou ‘dois lisos
de um lado’ participando de uma marmelada. Tudo
bem, que não seja isso!
Mas, convenhamos que a sentença ‘do dinheiro
é tudo e determinante’ seja verdadeira e preponderante,
então, nesse caso, diante disso, o grupo da
jacuzada pode arrumar as trouxas e ir para a
casa do chapéu, porque para papar a prefeitura
de Ipirá é preciso muito cabedal, mas não é
pouco não!
O mandato vindouro controlará mais de 1 bilhão
de reais. Meio bilhão de reais será oferecido
a um grupinho de menos de vinte empresários.
Desse esquema sai brincando 10 milhões de reais
para a próxima campanha de prefeito em 2028.
Se a narrativa do dinheiro é tudo e define quem
toma o poder, será que tem como a jacuzada bater
testa em 2028? Tem que jogar muito na loteria.
Tudo é decidido pelo dinheiro. Pelo argumento
do líder da jacuzada, o seu grupo já jogou a
água e a criança fora após o banho. Como juntar
tanto dinheiro para enfrentar a macacada? Essa
é a grande tarefa do grupo; uma coisa praticamente
impossível.
A outra vertente significativa é a questão política.
Nesse aspecto o líder da jacuzada não entra
nem passando cuspe, porque não interessa mostrar
que seu grupo jacu entrou em parafuso e não
tem saída.
Quando o grupo jacu estava de boa (nem era jacu),
era no tempo que seguia a linha política progressista
botou a maior frente política até então presenciada
na política local. ‘Vavá Cabila’ perdeu com
mais de quatro mil votos de frente e, quando
candidato, pegou um gato morto, botou num buraco
e tocou fogo e nem desse jeito virou candidato
competitivo.
Imagine uma candidata que tomou a maior surra
eleitoral já vista em Ipirá, de 10.973 votos
numa eleição municipal. Se ela enterrasse um
elefante-vivo num buraco e tocasse fogo não
conseguiria virar uma candidata de verdade,
com poder de competição. O grupo jacu é esse
elefante.
Se você tem necessidade de um ponto de partida
para esse atropelamento, tenha na adesão de
Delorme Martins à ditadura militar a sua primeira
marcha.
Mais adiante, observe bem: em Ipirá, Lula ganhou
no primeiro turno na sua primeira eleição em
1988 e perdeu no segundo. Jaques Wagner quando
foi governador, ganhou em Ipirá e jacu e macaco
estavam no mesmo palanque com Paulo Souto.
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Contando
com o apoio do macaco vieram as vitórias de
JW no segundo mandato e nos dois mandatos de
Rui Costa. Na última eleição a vitória de Lula
em Ipirá ficou na casa de 77,99% (1º. Turno)
e 80,32% (2º. Turno).
Porrada
no lombo da jacuzada foi a vitória de Jerônimo,
em Ipirá, com 61,27% (1º. Turno) e 61,84% (2º.
Turno) contra 32,86% de Neto (1º. Turno) e 38,16%
no (2º. Turno).
Observe: ACM Neto teve em Ipirá, 13.423 votos
(38,16%) no 2º. Turno, (com 35.174 votos válidos)
enquanto a candidata Nina Gomes teve 12.311
votos (34,59%) numa eleição municipal, (com
35.595 votos válidos).
Nesse
período, de coligação com o governo do Estado,
a macacada ganhou 16 anos (contando esse mandato
de Thiago) e a jacuzada 4 anos (mandato de MB),
de lá prá cá, a jacuzada tomou duas lapadas
seguidas no lombo, uma de mais de 6 e outra
de quase onze mil votos. Aí é necessário saber
quem perdeu com essas derrotas estratosféricas.
Primeiro, os candidatos que encabeçaram as derrotas
com lavagens monumentais: Marcelo Brandão e
dona Nina Gomes, com o famoso slogan “candidatos
nunca mais”. O ex-deputado Jurandy Oliveira
com sua aposentadoria definitiva. O líder Luiz
Carlos Martins que ficou num mato sem cachorro,
num grupo cada vez mais esfacelado, deteriorado
e sem rumo. Qual é a única esperança a curto
prazo? A derrota do governo da Bahia. Caso contrário,
terá outra paulada no lombo no próximo pleito
municipal.
No campo vitorioso: o único nome, em Ipirá,
que se estabeleceu em condições favoráveis para
uma disputa eleitoral para a Assembléia Legislativa
da Bahia é o do atual prefeito Dudy, que poderá
abocanhar a votação do prefeito eleito Thiago,
65% dos votos, menos a Federação (PT, PCdoB
e PV) que apoiará seus candidatos.
O
prefeito eleito Thiago do Vale que ficou numa
saia justa para atender a tantos interesses
no pátio da prefeitura. O líder Antônio Colonnezi,
o grande representante da velha política, que
espera chupar o tutano sem morder o osso, tendo
na sua cola o poderoso chefão Diomário Sá e
o vice-prefeito Deteval Brandão de prontidão
para mandar o ‘homem de pijama’ procurar o seu
lugar na parte traseira do ônibus da vitória.
Ainda no campo vitorioso, retornando para casa
dos Oliveiras e com muitos motivos para não
ficar na casa contrária dos Martins (pelo bem
de quem?), aparecerá dona Nina Gomes para dar
uma boa notícia e receber uma recompensa: “hoje,
eu estou em condições e posso dar uma grande
notícia, a jacuzada está lisa, quebrada, lascada
e não tem cabedal para bancar uma eleição. Agora
é nóis na prefeitura.”
Por
Agildo Barreto
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