Encontros
marcados em grupos fechados de WhatsApp driblam
o lockdown e
são movidos pela adrenalina do sexo explícito
em áreas públicas |
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16/03/2021
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da Publicidade |
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O
flerte com o perigo, a adrenalina e o sexo sem
compromisso com desconhecidos incendeiam as noites
no Parque da Cidade. O lockdown imposto pelo Governo
do Distrito Federal (GDF) não impediu que casais
adeptos do swing transformassem estacionamentos,
áreas com churrasqueiras e até bancos de concreto
em motéis ao ar livre, onde o sexo é rápido, sem
palavras e, algumas vezes, violento.
Já que a pandemia provocou o fechamento temporário
das casas especializadas em receber e promover
festas para homens e mulheres que circulam no
meio liberal, os aficionados por troca de casais
buscaram outras alternativas para manter o fetiche
a todo vapor.
Os encontros são organizados em grupos fechados
de WhatsApp, com reuniões fortuitas e decididas
em poucas horas. Os amantes do swing escolhem
pontos específicos para movimentar as surubas
noturnas. |
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Até bancos de concreto são
usados para os encontros sexuais (Reprodução) |
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Um
deles é o Estacionamento 8, onde as vagas delimitadas
são ocupadas por veículos com casais dentro. Muitos
participantes abrem as portas dos carros, ligam
os faróis e se aproximam para “analisar” se há
interesse em realizar a troca. Geralmente, os
encontros ocorrem depois das 20h. O sexo começa
ali, com as mulheres se escorando nas portas,
deitando parcialmente nos bancos dianteiros ou
até no meio da vegetação.
Sexo e churrasco
Outro ponto do Parque da Cidade preferido pelo
público swinger fica completamente deserto à noite.
Protegidas pelos pinheiros que existem na área,
as churrasqueiras são usadas como refúgio para
as transas casuais. Invariavelmente dois, três
ou até quatro casais se aventuram no escuro e
ficam nus no local.
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Os
casais gostam de se exibir durante o sexo (Reprodução) |
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Alguns
chegam a fazer festinhas, assar carne, tomar cerveja
e regam o evento com muito sexo e troca de casais.
“É um lugar que durante a noite, mesmo sem a pandemia,
fica extremamente deserto. Se tiver um casal lá,
a notícia corre rápido pelos grupos e logo aparecem
outros”, contou um homem solteiro que costuma
aparecer no local para tentar conseguir uma transa
e topou falar com o Metrópoles sem se identificar.
Além dos casais, existem grupos de homens que
conhecem a rotina sexual nos pontos e orbitam
no entorno aguardando o momento de serem convidados
a participar. Motoboys que estão no meio do expediente
chegam a parar as motos e sequer tiram o capacete.
Alguns dão sorte e conseguem tirar uma casquinhas
durante as orgias.
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As
mulheres ficam perto dos veículos até que os parceiros
se aproximam (Reprodução) |
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Atrás
do DPE
O terceiro ponto usado pelos grupos de swing para
realizar as fantasias sexuais fica atrás do Departamento
de Polícia Especializada (DPE). O local escolhido
é protegido pelo mato alto e fica próximo a uma
praça onde muitas pessoas costumavam levar cães
para passear. O esquema é o mesmo. Os carros chegam,
casais se apresentam e sugerem a troca de parceiro.
Segundo
o homem que frequenta as noites no parque, a única
mudança que ocorre em virtude do lockdown é o
fato de os encontros terem passado para mais cedo.
Os bacanais passaram a ser marcados logo após
a noite cair e o parque esvaziar. “Tudo acontece
muito rápido, entre 19h e 21h30. Em questão de
minutos, as festinhas são montadas, o povo transa
e entram nos carros deixando o parque o mais rápido
possível”, explicou
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O
sexo é rápido, sem compromisso e corre de forma
explícita (Reprodução) |
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Com
ruas vazias, famílias em isolamento e bares e
restaurantes fechados, os casais ávidos por sexo
sem tabus seguem a rota das transas liberais pregando
apenas a única regra que existe no mundo swinger:
“Tudo é permitido, nada é obrigatório”.
Fonte: Metrópoles, por Carlos Carone |
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