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18/04/2021
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“...
que no mês de maio 2021 não tenho interesse de
prestar meus serviços médicos no Hospital de Ipirá”
Partindo de qualquer cidadão poderia ser uma simples
opinião, sem nenhum desdobramento e sem a menor
chance de passar da primeira esquina.
Mas, saindo de onde saiu, considerando-se a influência
exercida e o prestígio alcançado, foi a declaração
mais importante desta década em Ipirá, talvez
a mais bombástica afirmação dos últimos tempos.
O médico Antônio Colonnezi desligou-se (temporariamente
ou definitivamente) do Hospital de Ipirá afirmando
categoricamente a sua deficiência e precariedade,
indo de encontro e batendo de testa com a intenção
e afirmativa de todos os prefeitos que, quando
administram essa terra, dizem que este hospital
é de excelência e uma referência para o Brasil.
Antônio Colonnezi é um médico gabaritado e reconhecido
pela sua capacidade por nossa comunidade. Além
do mais, é a maior liderança política do grupo
da macacada em nossa terra. Sua opinião na área
de saúde tem credibilidade.
O médico AC detonou com firmeza dizendo que o
hospital não tem as condições mínimas de operacionalidade
e que está defasado, só faltou dizer que o nosso
hospital não pode ser comparado por nenhuma hipótese
ao hospital de Rui Barbosa.
“Estou pronto para retornar quando tiver uma equipe
mais completa e as condições de trabalho melhorarem”
Aqui ele colocou em xeque a saúde em Ipirá e mostrou
que a radiografia está queimada. Tem autoridade
para afirmar como verdade o que diz.
A saúde em Ipirá é complexa e precária. Tem uma
característica muito forte que é servir e ser
utilizada como moeda de troca eleitoral por vereadores.
Uma faca de dois gumes: o vereador ganha voto,
mas se vê na obrigação de bancar essa necessidade
que custa os ‘olhos da cara’. Não tem bolso que
aguente, mas eles não entendem assim.
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O
custo é elevado para qualquer vereador, motivo
pelo qual, permite aos vereadores da situação
uma melhor atuação nesta área, pois a sangria
fica por conta da prefeitura. Se a saúde pública
funcionasse à contento em nossa terra, todos os
munícipes ganhariam, inclusive os vereadores,
que não precisariam bancar os custos desse apoio.
A afirmação do líder político Antônio Colonnezi
ganha relevância por ser proferida numa gestão
do seu grupo político e por não camuflar a verdade.
O prefeito ficou de cara com a Vida Cooperativa
de Saúde.
É mais uma bomba deixada no colo do prefeito Dudy,
que pegou uma saúde estragada e vai ter que colocá-la
em bom estado e em condições satisfatórias de
atendimento à população.
A situação da saúde de Ipirá é tão escandalosa,
que duas ambulâncias do SAMU estão na cidade há
doze anos e nunca funcionou para um só atendimento.
Estão enferrujando no pátio da prefeitura ou pagando
aluguel numa garagem. Uma vergonha sem limite.
Sai prefeito e entra prefeito e nada. Um verdadeiro
escândalo e descaso com a coisa pública.
O médico Antônio Colonnezi não esboçou nenhum
esforço para resolver o problema da saúde, largou
o abacaxi para o prefeito. O líder político Antônio
Colonnezi não fez o menor esforço para ajudar
o gestor Dudy nesta empreitada. Deste jeito, o
prefeito Dudy está ficando isolado dentro do seu
grupo e vai ter que se ‘virar nos trinta’.
O que dizem os macacos apaixonados? O de costume:
o médico queria isso e aquilo e não achou. Como
sempre, vão sonegar a verdade. O importante é
a realidade da saúde local colocada em pauta na
mesa do prefeito Dudy. A saúde de Ipirá precisa
de solução.
Com quatro meses de governo, o prefeito Dudy está
sentindo o gosto amargo do poder com a falta de
apoio dentro do próprio grupo na hora do aperto
e os problemas vão ganhando um volume e uma dimensão
acima do esperado. O seu acúmulo colocará a gestão
num buraco. A política é o calo no sapato do prefeito.
Por
Agildo Barreto
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