O
governador Rui Costa (PT) rebateu as declarações
do coordenador-geral do Sindicato dos Professores
da Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira, e disse não
ser racional e nem razoável "alguém querer
dizer à sociedade quando quer trabalhar”.
“Isso não é racional. É esquisito alguém ter a
coragem de abrir a boca para dizer um negócio
desse (...) Não é razoável que alguém que é contratado
pela sociedade, não é pelo governador, quem paga
os salários não sou eu, mas a sociedade, e alguém
querer dizer a sociedade quando quer trabalhar”,
criticou o líder baiano.
Rui lembrou que os professores da Rede Estadual
de Ensino, mesmo sem aulas, nunca deixaram de
receber seus vencimentos.
“Se as pessoas não tivessem recebendo salário,
mas depois de 1 ano de quatro meses [recebendo
salário], em casa, num shopping, não sei aonde
eles estavam nesses dias, só não pode ir para
a escola dar aula?”, questionou.
Para o governador, os estudantes, neste momento,
são os que mais precisam de atenção e, como chefe
do Executivo estadual, cabe a ele a decisão de
organizar a prestação do serviço público.
“Os jovens pobres das periferias estão sendo assediados
cotidianamente, porque seus pais saem para trabalhar
e eles estão vulneráveis, adolescentes de 15 e
16 anos, a convite para coisas erradas porque
estão o dia todo na rua, aglomerados, sem máscara,
em suas comunidades. Portanto, as aulas retornarão
dia 26 [de julho]”, justificou.
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Em
nota enviada à imprensa, a APLB reafirmou que
está mantida a decisão de só retornar as aulas
presenciais na rede estadual com todos os educadores
vacinados contra a Covid-19. Rui Oliveira defende
que o retorno só deverá acontecer após 15 dias
da segunda dose aplicada em 100% da categoria,
calendário previsto para o próximo mês.
Uma assembleia virtual marcada para a próxima
sexta-feira, 16, deverá decidir quais rumos a
categoria irá tomar sobre a decisão do Estado
de retomar, de forma híbrida, as aulas na rede
estadual.
O secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues,
já informou que a pasta adotará o modelo híbrido,
com turmas divididas e aulas em dias intercalados
em dois grupos: um nas segundas, quartas e sextas,
e o outro nas terças, quintas e sábados. Além
disso, os estudantes contarão com merenda escolar
reforçada.
Fonte:
A Tarde, por David Mendes
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