O
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse,
nesta segunda-feira (1º/11), em entrevista coletiva
concedida na Itália, após reunião do G20, que
a Petrobras vai anunciar novo reajuste nos preços
dos combustíveis nos próximos 20 dias.
Questionado sobre a greve de caminhoneiros, iniciada
nesta segunda-feira em todo o país, o mandatário
da República afirmou ter a informação extraoficial
sobre o reajuste nos preços. “Estou acompanhando,
estamos acompanhando. Agora, uma notícia que dou
para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras já anuncia,
eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui
a uns 20 dias.”
“Isso não pode acontecer. A gente não aguenta,
porque atrela… O preço do combustível está atrelado
à inflação, você falou em inflação, você perde
o poder aquisitivo, e a população não está com
o salário preservado ao longo dos últimos anos.
Os mais pobres sofrem”, assinalou o chefe do Executivo
federal.
Bolsonaro visita nesta segunda-feira o município
de Anguillara Vêneta, no norte da Itália, onde
nasceu seu bisavô paterno. Ao ser perguntado,
em entrevista a jornalistas no local, se a prioridade
no retorno ao Brasil seria o Auxílio Brasil, programa
social que vai substituir o Bolsa Família, o titular
do Palácio do Planalto respondeu que o foco será
o preço do combustível.
“Esta semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras,
porque eu indico o presidente, quer dizer, tem
que passar pelo conselho, não sou eu que indico,
e tudo que de ruim acontece lá cai no meu colo.
O que é de bom não cai nada em meu colo. O ideal
— falei com o Paulo Guedes — é nós partirmos para
privatizar a Petrobras. Isso é o ideal, no meu
entender, que deve acontecer. Agora, isso aí não
é colocar na prateleira e vender amanhã. Esse
processo vai durar mais de ano”, sinalizou.
Disse ainda que conversou com o ministro da Economia,
Paulo Guedes, para começar a tomar medidas no
sentido de tirar a estatal “das garras do Estado”.
O chefe de Estado brasileiro ainda indicou que
o “vilão do preço do combustível” no país é o
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) e defendeu o congelamento dos impostos.
No fim da semana passada, o Conselho Nacional
de Política Fazendária (Confaz) — órgão composto
por secretários de Fazenda dos estados e do Distrito
Federal — aprovou o congelamento do valor do ICMS
cobrado nas vendas de combustíveis por três meses.
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Reajustes
O último reajuste nos preços da gasolina e do
diesel vendidos às distribuidoras foi anunciado
na semana passada. Os valores dos combustíveis
tiveram aumento de 7,04% e 9,15%, respectivamente.
Foi a segunda alta no preço da gasolina só em
outubro, e a 11ª no ano. Quanto ao diesel, trata-se
do 9º aumento em 2021.
Em sua live semanal realizada na semana anterior,
Bolsonaro anunciou que o Brasil estava “na iminência
de novo reajuste de combustível”. O chefe do Executivo
admitiu, no decorrer do evento virtual, que a
gasolina e o diesel “estão caros”, mas que vem
mais por aí.
Fonte:
Metrópoles, por Flávia Said
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