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Segundo
plataforma de pesquisas, foram 1,4 milhão de infecções
em um dia, mais da metade destas na Europa, onde
países ampliam restrições contra a doença. OMS
prevê que ômicron vai gerar sobrecargas em sistemas
de saúde |
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29/12/2021 |
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O mundo superou pela
primeira vez, no dia 27 de dezembro, a marca de
um milhão de casos diários de covid-19, segundo
dados revelados nesta terça-feira (28/12) pela
plataforma de pesquisas Our World in Data, associada
à Universidade de Oxford.
O recorde foi registrado no mesmo dia em que diversos
países reintroduziram medidas restritivas para
conter as transmissões da variante ômicron, que,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
poderá causar sobrecargas nos sistemas de saúde
em todo o mundo.
Até agora, o maior registro global de casos diários
havia sido no dia 23 de dezembro, com 983,3 mil
infecções em um período de 24 horas. Em abril
de 2021, durante um dos auges da pandemia em todo
o mundo, a contagem diária mundial ultrapassou
em três ocasiões a marca de 900 mil casos, com
um pico de 905,8 mil em 28 de abril.
Nesta segunda-feira, foram contabilizados 1,4
milhão de infecções ao redor do globo. Os dados
são compilados desde janeiro de 2020, quando o
coronavírus chegou ao Ocidente.
Os Estados Unidos são o país com mais casos registrados,
com 512.553 infecções confirmadas, o que equivale
a aproximadamente 37% do total.
Em seguida vêm o Reino Unido (318.699, ou 23%)
e a Espanha (15%). Esses países, porém, estão
entre os que mais testam no mundo, o que não acontece
com tanta frequência em outros países.
Segundo o Our World in Data, mais da metade dos
casos registrados nesta segunda-feira em todo
o mundo foram somente na Europa, com 763.876 de
1,4 milhão de infecções, o que equivale a 54,5%
do total. O continente europeu possui apenas 60,73%
de sua população com esquema vacinal completo,
enquanto o Brasil se aproxima dos 67%.
Os dados, porém, não refletem as diferentes realidades
entre as nações europeias. Enquanto o pequeno
território ultramarino britânico de Gibraltar
tem 100% de vacinações completas, países como
Armênia e Bósnia estão abaixo de 22%.
Governos encaram decisões
difíceis
Os altos índices de infecção levaram diversos
governos ao redor do mundo a tomarem decisões
difíceis, entre adotar restrições prejudiciais
à economia para conter a doença, ou manter a sociedade
aberta.
Enquanto os Estados Unidos reduziam pela metade
o período de isolamento para os casos assintomáticos,
de modo a evitar maiores perturbações, a França
ordenava a população a trabalhar de suas casas
ao menos três dias por semana, sempre que possível.
A Alemanha reimpôs restrições de contato pelo
segundo ano consecutivo na época dos feriados,
além de fechar casas noturnas e impor limites
a restaurantes e atividades em ambientes fechados
e abertos.
Mesmo com números bem mais baixos do que os de
outras partes do mundo, a China manteve sua política
de "covid zero" e chegou a impor ordens
de confinamento para 13 milhões de pessoas na
cidade de Xian. O país lida com os números mais
altos da doença em 21 meses, a poucos dias do
início dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim.
rc
(AFP, ots)
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