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Ciro Gomes,
João Doria, Sergio Moro, Lula e Simone Tabet estão entre
os pré-candidatos a Presidência da Republica em 2022
| Credito: Montagem A Gazeta |
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Por
uma eleição em primeiro turno de qualquer um,
menos ele! |
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Não
venha depois com a desculpa de que foi uma escolha
difícil |
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09/05/2022 |
Continua Depois da
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Eleger qualquer candidato
a presidente no primeiro turno não é lhe passar
um cheque em branco para que governe como quiser.
Não foi em 1994 quando Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) se elegeu, nem em 1998 quando se reelegeu.
Nas duas vezes, ele derrotou Lula (PT) por 54%
a 27% e 53% a 31% dos votos válidos.
Diz a lei que você precisa de 50% dos votos +
1 para se eleger direto no primeiro turno. Em
2018, Bolsonaro teve 46%. Lula, Dilma e Bolsonaro
só foram eleitos no segundo turno. Por ser autoritário,
Bolsonaro entendeu a vitória como um cheque em
branco. Por democratas, Lula, Dilma e Fernando
Henrique, não.
A eleição deste ano não será uma eleição normal
porque o presidente que aspira a um novo mandato
não é um presidente normal. Nenhum dos seus antecessores
conspirou contra a democracia restabelecida no
país depois de 21 anos de ditadura militar; Bolsonaro
não só conspira como quer derrubá-la.
O discurso do ódio e da destruição do que ele
chama de “sistema” está na boca de quem? Qual
foi o presidente que mais tencionou o país de
1985 para cá? Qual foi o único que recomendou
às pessoas que se armassem? Qual foi o que menos
demonstrou empatia pelos que sofrem? Qual foi
o que mais desvalorizou a vida alheia?
Os preparativos do golpe avançam e podem ser vistos
por quem tem olhos para ver e preza a democracia.
Serão maiores as chances de o golpe frustrar-se
se qualquer outro dos candidatos for eleito no
primeiro turno com uma maioria confortável de
votos. Quanto mais expressiva for sua vitória,
menor será o risco de golpe.
Ora, direis: pede votos para Lula? Respondo: não.
Sugiro que se eleja um presidente no primeiro
turno, qualquer um, menos Bolsonaro. Há nomes
dignos de serem votados. Em todas as eleições
há nomes dignos. Não venha depois com a desculpa
de que só havia de fato dois nomes e que foi uma
escolha difícil.
Pelo que fez ou deixou de fazer, pelo que é, pelo
que sempre foi e representa, Bolsonaro não merece
ser reeleito.
Fonte:
Metrópoles, por Ricardo Noblat
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