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(Estadão
conteúdo) - Uma criança de 9 anos invadiu
a fazendinha de um hospital veterinário e
matou 23 animais de pequeno porte, na noite
de domingo, 13, em Nova Fátima, no interior
do Paraná. A fazendinha havia sido inaugurada
em comemoração ao Dia da Criança.
O menino estava presente na inauguração, com
um grupo de crianças, no sábado, 12, mas voltou
ao local na noite do dia seguinte, acompanhado
de um cachorro, para atacar os animais. A ação
chocou a cidade de pouco mais de 7 mil habitantes,
no norte do Estado. A reportagem não conseguiu
contato com familiares da criança.
Segundo a Polícia Militar, o veterinário do
hospital acionou a equipe às 22h15 de domingo.
Ao chegar ao local, os policiais encontraram
os animais mortos, alguns deles esquartejados.
Eram principalmente coelhos e porquinhos-da-índia.
Eles estavam contidos em um recinto cercado
por placas, conhecido por Vila Pet, e o garoto
abriu as portas, soltando os bichinhos. Em seguida
começou a atacá-los.
A dona da fazendinha examinou as imagens das
câmeras de vigilância e se surpreendeu ao ver
a criança chutando os bichos. A filmagem mostra
que ele ficou cerca de 40 minutos no local.
Alguns animais foram arremessados contra a parede
e outros tiveram as patas arrancadas. Três animais
foram lançados contra a vidraça e foram encontrados
do lado de dentro do hospital.
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Conforme
a PM, a criança mora com a avó e não tinha histórico
de violência. Em conversa com os policiais,
ele deu detalhes de como havia praticado as
ações. Para entrar no recinto, ele pulou o cercado.
Os policiais conversaram com a criança na presença
da avó.
O caso foi apresentado à Polícia Civil para
efeito de eventual ação indenizatória contra
os responsáveis pelo menor. Embora maltratar
animais seja crime, agravado em caso de morte,
por ter apenas 9 anos o menino é inimputável,
ou seja, não pode ser responsabilizado criminalmente,
conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A prefeitura de Nova Fátima informou que o serviço
municipal de zoonoses foi acionado para elaborar
um laudo e apoiar a destinação correta dos animais
mortos.
O Estadão entrou em contato com os responsáveis
pelo hospital veterinário e aguarda retorno.
Fonte:
Estadão conteúdo | Publicado em 15/10/2024
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