Suspeito
de matar uma família no Distrito Federal e balear
outras cinco pessoas numa série de assaltos em
chácaras na capital do país e em Goiás, Lázaro
Barbosa de Sousa, 32 anos, foi morto durante confronto
com forças policiais na manhã desta segunda-feira
(28/6). Mais cedo, o governador de Goiás, Ronaldo
Caiado, fez o anúncio em suas redes sociais de
que o serial killer teia sido preso. Instantes
depois, agentes que trabalham na captura informaram
que ele estaria morto.
O maníaco estava foragido havia 20 dias. Nesse
período, o suspeito invadiu várias propriedades
rurais fez reféns, roubou alimentos e impôs terror
com violência e ameaças.
Pessoas ligadas a Lázaro chegaram a fazer contato
com um advogado criminalista para negociar sua
rendição. O foragido planejava se entregar à polícia
de uma forma que garantisse a sua integridade
física.
Telefones de familiares, amigos e um aparelho
que Lázaro carregava pela mata durante a fuga
cinematográfica foram grampeados e monitorados
pelas equipes de investigação. As informações
facilitaram a prisão do maníaco.
Na terça-feira (22/6), em entrevista exclusiva
ao Metrópoles, um criminalista chegou a dar indicativos
de que o serial killer pretendia colocar um ponto
final na fuga. O defensor assegurou ter sido abordado
por um grupo religioso que estaria auxiliando
Lázaro. “Me especularam se eu tinha condições
de garantir a integridade física dele”, afirmou
ele, que pediu para não ser identificado.
O advogado não ficou com o caso, mas ressaltou
que Lázaro poderia ter escapado do cerco policial,
que conta com 270 agentes, dezenas de viaturas,
helicópteros e cães farejadores.
A rendição no DF é semelhante a que ocorreu há
13 anos, em Barra do Mendes, na Bahia, quando
ele se entregou à polícia do município após matar
dois homens e passar 9 dias embrenhado na mata.
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Chacina
O cerco ao autor da chacina que aterrorizou moradores
da região do Incra 9, em Ceilândia, e de Cocalzinho
(GO) durou 16 dias e terminou depois que Lázaro
trocou tiros duas vezes com a polícia e também
com um caseiro de uma chácara em Areia Branca.
O funcionário da chácara teria atirado mais de
oito vezes contra Lázaro, que conseguiu fugir.
Não se sabe se ele foi atingido. Um grande efetivo
policial foi deslocado para a região, apertando
o cerco contra o foragido.
O Metrópoles apurou que Lázaro teria pedido comida,
e o caseiro não quis dar. Ele, então, efetuou
disparos contra a janela da chácara, e o funcionário
revidou. O caseiro não ficou ferido.
Lázaro é suspeito de matar Cláudio Vidal de Oliveira,
48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo
Marques Vidal, 15. Ele ainda sequestrou Cleonice
Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio
e mãe das outras vítimas. O crime ocorreu na madrugada
de 9 de junho, no Incra 9, em Ceilândia.
O corpo de Cleonice foi encontrado três dias depois,
em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com
um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto
da BR-070.
A morte de Cleonice refletiu a crueldade de Lázaro
Barbosa de Sousa, 32. Caçado por uma coalização
de forças policiais, o maníaco executou Cleonice
com um tiro na nuca.
Desde que matou a família Vidal, Lázaro escapou
do cerco policial e invadiu propriedades, fazendo
novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia,
ele entrou em outras duas propriedades. Obrigou
os chacareiros a cozinhar para ele e, até, fumar
maconha. Sempre agressivo, chegou a roubar e incendiar
um carro, próximo a Cocalzinho.
No dia 12/6, ele invadiu a fazenda da família
de um soldado do 8⁰ BPM, próximo à Lagoa Samuel.
Ele fez o caseiro refém, quebrou tudo, bebeu e
fumou maconha. Também obrigou o funcionário a
consumir a droga.
Segundo a corporação, o soldado chegou à propriedade,
no início da noite, foi até a cancela e, provavelmente,
ao abri-la, o homem fugiu, levando o caseiro como
refém.
O criminoso seguiu para a fazenda ao lado, a cerca
de 700m, e baleou três homens. Havia no local
uma mulher e uma criança. Testemunhas informaram
que o suspeito da chacina colocaria fogo na casa
e não o fez por causa das vítimas.
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