O
governador Rui Costa (PT) afirmou nesta segunda-feira
(6) que não é perguntado nas ruas sobre quando
tomará uma decisão sobre o Carnaval — tema que,
segundo ele, só tem interessado à imprensa e a
empresários do setor.
De acordo com o governador, por onde tem andado,
as pessoas demonstram estar preocupadas com o
desemprego, a fome ou em morrer em decorrência
da Covid-19.
As declarações foram dadas durante uma agenda
em Ilhéus, quando jornalistas o questionaram sobre
a possibilidade de autorizar ou não a festa momesca
de 2022.
"Eu sei da ansiedade dos produtores... Eu
andando na rua, estou fazendo às vezes dois municípios
por dia. Hoje, vou fazer dois, Ilhéus e Itabuna.
Amanhã vou fazer mais dois... vou a Igaporã e,
depois a Rio do Pires, Érico Cardoso, Icaturama,
ou seja, terça e quarta, vou fazer quatro municípios.
Ninguém me cobra na rua sobre o Carnaval",
iniciou o governador.
Em seguida, prosseguiu: "As pessoas nas ruas
estão preocupadas porque estão desempregadas,
porque estão mais pobres, estão passando fome.
As pessoas estão mais preocupadas em pegar a doença,
em morrer. Essa é a preocupação do povo. Em geral,
primeiro eu vejo a preocupação da imprensa, que
me cobra muito isso, e, eventualmente, dos empresários,
que fazem o Carnaval".
"Eu respeito a opinião dos empresários que
fazem o Carnaval, mas eu vou continuar insistindo:
acho a atividade empresarial do Carnaval importante,
necessária, gera emprego, gera renda. Mas, entre
a atividade empresarial do Carnaval e a saúde
e a vida dos baianos, eu fico com a vida e saúde
dos baianos. Portanto, não vou decidir, de forma
antecipada, sobre a realização ou não realização
[do Carnaval]", reiterou Rui Costa.
Segundo ele, qualquer evento de massa, com 3 milhões
de pessoas nas rua, estará condicionado ao avanço
da vacinação e à redução sistemática da ocupação
de leitos de UTI. "Não está caindo. Continua
hoje 191. A semana passada estava em 208. Então
continua oscilando em torno de 200. Há quase 90
dias que não cai o número de leitos de UTI. Isso
tem uma mensagem clara de que o vírus está circulando",
disse.
De acordo com o gestor, o número de infectados,
por sua vez, oscila em torno de 2 mil contaminados
por dia.
"A decisão será anunciada quando a gente
se sentir seguro; seja pra cancelar, seja eventualmente
pra permitir. Mas nós não anteciparemos decisão
sem uma definição clara do que acontecerá",
afirmou o petista.
Fonte:
Metro1, por: Alexandre Santos
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