SÃO
PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Movimentos e representantes
de partidos se reuniram neste sábado (9) em protesto
contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no centro
de São Paulo.
O ato faz parte de mobilização em mais de 80 cidades
do país, segundo estimam organizadores.
Apesar
de o protesto ser contra Bolsonaro, a maioria
das falas foi defendendo a união das forças de
esquerda em torno do nome do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) na eleição deste ano
para presidente da República.
O rosto do petista podia ser visto em broches
e camisetas vendidas por camelôs.
Lula também foi citado em boa parte dos discursos,
inclusive dos poucos políticos que passaram pelo
ato.
"Para o PC do B, o caminho da mudança e reconstrução
do Brasil se chama Lula", disse o deputado
federal Orlando Silva (PC do B), no alto do carro
de som.
O deputado federal Ivan Valente, do PSOL, partido
que tem parte de seus filiados a favor da candidatura
própria a Presidência, também defendeu o nome
do petista. "Nesse momento, não tem outra
saída. É preciso unir forças. A candidatura que
tem maior possibilidade [de tirar Bolsonaro] é
a de Luiz Inácio Lula da Silva", disse, no
carro de som.
O líder do MTST e pré-candidato a deputado federal
pelo PSOL, Guilherme Boulos, fez discurso na mesma
linha, dizendo que o país vai tirar o governo
autoritário de Bolsonaro e eleger Lula.
Embora tenha havido críticas indiretas a alianças
com setores conservadores, a reportagem presenciou
apenas o sindicalista Altino Prazeres, pré-candidato
a governador pelo PSTU, criticando no carro de
som o ex-governador Geraldo Alckmin, indicado
para a vaga de vice na chapa presidencial pelo
PSB.
Prazeres, cujo partido lançará Vera Lúcia para
a Presidência, citou a desocupação na comunidade
Pinheirinho, em São José dos Campos, em 2012,
e os protestos contra o aumento da tarifa, em
2013, episódios do governo Alckmin em São Paulo
marcados pela violência policial.
Também houve críticas à inflação e até miniaturas
de botijões de gás, uma menção ao alto preço do
produto doméstico.
A manifestação saiu da praça da República e circulou
por ruas do centro, passando pelo Theatro Municipal
e o viaduto do Chá até o largo São Francisco.
No auge, a reportagem presenciou cerca três quarteirões
com manifestantes. A Polícia Militar não estimou
o público. No caso de som, manifestantes citaram
30 mil pessoas.
Fonte:
FOLHAPRESS, por Artur Rodrigues
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