Ipirá
Negócios conversa com o Vereador Jaildo
do Bonfim
Na cidade de Ipirá, situado na Bacia do
Jacuípe, a 210 km da capital baiana, apesar
da existência da Lei de Acesso à Informação
(Lei nº 12.527), que possibilita a qualquer
cidadão brasileiro o direito constitucional
de acesso as informações públicas, o vereador
Jaildo Santos, mais conhecido como Jaildo
do Bonfim, juntamente com a sua Bancada
de oposição, tem travado uma verdadeira
batalha para obter informações completas
sobre gastos em obras municipais e com
a Pandemia do Covid-19, que segundo estimativas
já ultrapassa R$ 1.500.000,00 (um Milhão
e Quinhentos Mil), no município.
Diário
oficial do município com informações incompletas
Salientando, que no Diário Oficial do
Município (DOM), veículo de comunicação
obrigatório, no qual são publicadas todas
as ações ou atos da prefeitura, nos atos
divulgados, relativos a Covid-19, constam
apenas dados sumários acerca dos gastos/contratos,
não constando a íntegra dos referidos
procedimentos.
Nos últimos dias (em julho), o vereador
Jaildo, tentando cumprir o seu papel de
fiscal da aplicação dos recursos públicos,
já protocolou 22 ofícios com o Secretário
de Administração, Sandro Cintra, solicitando
informações de interesse público.
Jaildo
e sua Bancada de oposição acham um absurdo
a falta de transparência da Gestão atual
De acordo com Jaildo, ele tem solicitado
cópias de documentos, relativo a compras
e contratos, enfim tudo que é de interesse
público, para serem analisados e se tornarem
de conhecimento do povo, como deve ser,
como diz a lei. "O povo de Ipirá
merece uma administração comprometida
com a transparência na prestação de contas,
afinal, os munícipes são os verdadeiros
donos de toda verba direcionada a qualquer
gasto da prefeitura", diz Jaildo.
O vereador Jaildo e sua Bancada de oposição
acham um absurdo a falta de transparência,
como vem ocorrendo, por parte do executivo
municipal. O prefeito gasta muito dinheiro
em publicidade, mais até do que com a
cultura, e as informações essenciais não
chegam para população.
De acordo com o vereador, temos uma lei
que diz, "toda obra pública tem de
ter o preço fixado do custo da mesma.
Se o dinheiro é do povo, o povo tem o
direito de saber onde está sendo aplicado.
Mas infelizmente, apesar de o gestor ser
uma pessoa consciente dos direitos do
povo de Ipirá, o mesmo não tem cumprido
com essa lei”, assevera Jaildo.
O vereador
Jaildo, juntamente com a Bancada oposicionista,
indignados com a situação abusiva da atual
administração, que tem escondido as informações,
questionam e perguntam ao povo de Ipirá.
Quanto custou a reforma da Praça São José?
Quanto custou o Açude do Salgado?
Quanto custou a reforma do Centro Médico?
Quanto a prefeitura paga a Ipirá FM por
mês?
Quanto a prefeitura deixou de fazer em
depósitos nas contas do INSS?
Quem sabe quanto custou o asfalto da Avenida
Rio Grande do Sul. Uma obra que com menos
de 2 anos de construído já se encontra
totalmente deteriorada, quando um bom
asfalto deve durar no mínimo 10 anos?
Como se procedeu os contratos com médicos
do município, onde alguns deles receberam
valores absurdos, exorbitantes para os
padrões de Ipirá, chegando a mais de R$
36.000, 00 (trinta e seis mil), por mês,
sem a população nem mesmo saber se este
valor foi pago em um contrato para o profissional
trabalhar todos os dias do mês, ou apenas
para trabalhar em um único dia da semana?
Jaildo
espera que os as perguntas acima relacionadas
e outros questionamentos possam ser esclarecidos
quando os ofícios solicitados a prefeitura
forem recebidos.
Ainda segundo o vereador, os pedidos de
informações encaminhados a prefeitura,
depois de protocolado, o secretário da
prefeitura tem 20 dias corridos para responder
o ofício. "Diz a lei, espero que
eles cumpram esse prazo", asseverou
o vereador.
Jaildo,
ressalta que o prefeito Marcelo Brandão
é um dos prefeitos que mais recebeu denúncias
na Bahia.
Estarrecido, Jaildo, conclui a reportagem
salientando que os vereadores de oposição
estão fazendo seu papel de fiscalizar.
"Sempre somos cobrados pela população
que vê tantas atrocidades, tantas falcatruas
nessa administração e ficam perguntando,
onde estão os vereadores que não fazem
nada?"
Complementando o questionamento acima,
segundo o edil, as coisas não são bem
assim, todos os vereadores da oposição
têm enfrentado uma luta árdua, dura, mas
apesar das dificuldades encontradas, não
se intimidam e sempre buscaram informações,
principalmente as relacionadas a transparência
com as contas públicas.
"Confiamos
na justiça do nosso país", diz Jaildo
"Para dar entrada nesses processos
recolhemos os documentos que comprovam
as irregularidades e junto com os advogados
do Grupo fazemos as denúncias. Temos certeza
que os citados nos processos serão penalizados.
Quem julga e pune não são os vereadores.
Nosso papel é denunciar com responsabilidade.
Confiamos na justiça do nosso país",
concluiu o vereador Jaildo, esperançoso
que a Bancada oposicionista logre êxito,
nesta luta pela transparência nos gastos
públicos, em obras e atos municipais e
no combate ao Covid-19, pela atual Gestão
municipal.
Vereadores
de oposição já entraram com mais de 40
processos contra o prefeito Marcelo Brandão.
Jaildo, comunica também a toda população
de Ipirá que os vereadores de oposição
já deram entrada em mais de 40 processos
contra o prefeito Marcelo Brandão, em
diversos órgãos como o Tribunal de Contas
dos Municípios (TCM), Receita Federal,
Polícia Federal (PF), Ministério Público
(MP) e o Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Momento de reflexão
"Negar o dever de transparência
é escancarar as portas para a prática
das mais gravosas condutas de corrupção.
Na Administração Pública, o que não pode
ser visto, via de regra, não pode ser
praticado". (Ismar
Viana)
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