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Entre
as insatisfações são citadas o fim da isenção
do PIS/Cofins sobre o diesel, os preços elevados
dos insumos para o transporte de cargas e a falta
de fiscalização do piso mínimo do frete. |
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21/07/2021
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Entidades
e associações que representam caminhoneiros avaliam
a possibilidade de realizar uma paralisação nacional
a partir de domingo (25), Dia do Motorista, que
poderia crescer na segunda-feira (26).
Há um descontentamento de parte da categoria com
promessas não cumpridas pelo governo Jair Bolsonaro
e com as altas recentes do preço do óleo diesel.
Entre as insatisfações também são citadas o fim
da isenção do PIS/Cofins sobre o diesel, os preços
elevados dos insumos para o transporte de cargas
e a falta de fiscalização do piso mínimo do frete.
Algumas entidades já decidiram apoiar a interrupção
das atividades, mas reuniões ainda serão realizadas
ao longo desta semana para definir a posição da
categoria, segundo representantes ouvidos pela
reportagem.
Uma das entidades que decidiu apoiar a paralisação
é o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário
de Cargas (CNTRC). Plínio Dias, presidente da
entidade, disse que a mobilização começa no dia
25 e que a adesão pode crescer na segunda-feira
e nos dias subsequentes.
A entidade afirma já ter apresentado 387 ofícios
ao governo desde o começo do ano com as reivindicações
dos caminhoneiros, como o fim da política de Preço
de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras para
combustíveis, maior fiscalização nas estradas
para cumprimento do piso mínimo de frete e a aposentadoria
especial para os motoristas. Segundo o representante,
a pauta é a mesma da paralisação do início de
2021. "Até o presente momento, o governo
e as pastas cabíveis não chamaram para conversar",
disse ele.
O descrédito do governo vem aumentando junto aos
caminhoneiros em virtude de algumas promessas
não cumpridas. Em maio, preocupado com movimentos
grevistas e as constantes ameaças de paralisações,
o governo anunciou um pacote de medidas para a
categoria, o "Gigantes do Asfalto".
Entre as medidas consta a criação do Documento
Eletrônico de Transportes (Dt-e), uma das principais
apostas do governo para o segmento autônomo.
O projeto foi aprovado na última quinta-feira,
15, pela Câmara dos Deputados por meio da Medida
Provisória nº 1051/21 e vai tramitar no Senado.
Trata-se de um recurso que vai unificar os documentos
exigidos para o transporte de cargas e que poderá
ser usado pelo celular do motorista. Também foi
visto pela categoria como tentativa de acalmar
os ânimos.
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A
Associação Brasileira dos Condutores de Veículos
Automotores (Abrava) vai decidir sobre a adesão
no movimento em reunião com seus associados nesta
quinta-feira (22). "Estamos conversando e
orientando a categoria para seguirmos para termos
os cumprimento das leis que conquistamos",
disse o presidente da Abrava, Wallace Landim,
conhecido como Chorão.
A entidade vem cobrando o Executivo quanto à efetivação
de uma série de medidas anunciadas para a categoria
em manifestações frequentes.
O representante da Associação Nacional de Transporte
do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, disse
que a entidade apoia a categoria na sua decisão,
mas ponderou que os caminhoneiros ainda estão
decidindo se vão parar ou não.
Conforme Stringasci, várias reuniões de lideranças
sindicais, de associações e cooperativas estão
sendo realizadas no Brasil todo nesta semana.
"Vamos ver a decisão da maioria da categoria.
O que a maioria decidir estaremos junto e apoiando.
"Conforme
Stringasci, a questão dos combustíveis é chave.
"Não tem mais condições para o caminhoneiro,
e nem para o povo brasileiro, de tanto reajuste.
A categoria quer uma reforma na política de preço",
disse o líder. Dias, do CNTRC, que participou
de uma reunião em junho com o presidente da Petrobras,
general Joaquim Silva e Luna, afirmou que até
o momento os caminhoneiros não foram chamados
à mesa para escutar a resposta da empresa aos
seus pedidos.
Segundo os líderes, há possibilidade de maior
adesão agora do que na paralisação de fevereiro,
em virtude dos reajustes no diesel de lá para
cá. Conforme o representante da ANTB, alguns motoristas
e entidades que a princípio eram contra, por achar
que era um movimento contra o governo, agora acreditam
ser "uma questão de necessidade" a paralisação
para reivindicar seus "direitos". "Entenderam
as pautas, principalmente a do combustível",
disse. "Agora o caminhoneiro está com a corda
no pescoço e viu que o combustível subiu e que,
se a gente não se mexer, vai subir de novo",
afirmou Dias.
Por
Agência Estado
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