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Uso
do Pix pode agilizar pagamentos, reduzindo filas no
pedágio e aumentando a segurança dos clientes - Foto:
Olga Leiria / Ag. A Tarde |
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Projeto
prevê pagamento de pedágios via Pix na Bahia |
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Apresentado
pelo deputado Jurandy Oliveira, projeto tem o
objetivo de tornar o pagamento mais ágil. |
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23/04/2022 |
Continua Depois da
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Implantado
em novembro de 2020 pelo Banco Central, o Pix,
meio de pagamento digital disponível 24 horas
e sete dias por semana, já se consolidou como
forma alternativa de pagamento. Inspirado na experiência
de outros estados brasileiros com o método, a
facilidade interesse no deputado Jurandy Oliveira,
que apresentou à Assembleia Legislativa da Bahia
projeto de lei que prevê a liberação do pagamento
via Pix nas praças de pedágio das estradas do
estado.
Segundo Oliveira, as empresas concessionárias
responsáveis pela administração ou exploração
dos pedágios em rodovias da Bahia devem ofertar
a possibilidade da transferência do valor via
Pix como uma das alternativas de pagamento. “A
ampliação das formas de pagamento será benéfica
a todos, uma vez que a segurança vai aumentar
com a redução de dinheiro em espécie nas praças
e facilitará o acesso do consumidor aos serviços,
estimulando a demanda”, justifica a proposta.
Incômodo
Além disso, acrescenta ele, o usuário da rodovia
poderá se livrar do incômodo de levar e manusear
dinheiro vivo, no valor necessário para seus deslocamentos,
além de esperar em longas filas. O parlamentar
sugere que a transferência poderá ocorrer após
a apresentação de um QR Code por parte do funcionário
da concessionária. O motorista, por sua vez, acessa
a forma de pagamento pelo aplicativo do banco
no celular, facilitando o pagamento do tributo,
sem onerar nenhuma das partes com impostos.
Estados como o Espírito Santo, Mato Grosso e Minas
Gerais, já adotaram o Pix como forma de pagamento
das taxas nas praças de pedágio e são citadas
por Oliveira como experiências positivas que o
motivaram a propor o projeto. A viabilidade de
pagamento via Pix em rodovias do estado de São
Paulo também já está sendo avaliada. Na esfera
federal, um projeto de lei que tramita no Senado
propõe incluir diversos meios digitais no pagamento
em pedágios de rodovias federais. O texto prevê
que concessionárias devem obrigatoriamente aceitar
cartões de crédito, débito e a leitura de QR Code.
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), autor do
projeto, caracteriza a cobrança feita pelas concessionárias
de pedágio como uma “prática arcaica de apenas
aceitar o papel-moeda”. Girão afirma que isso
leva à perda de tempo, e pode provocar “graves
transtornos”, caso o motorista precise ir a uma
cidade local para retirar dinheiro no período
da noite, ou em caso de viagens com a família.
A Secretaria de Infraestrutura (Agerba) informa
que ainda não foi chamada para discutir a matéria
do projeto de lei que tenta emplacar o Pix para
pagamento em pedágios, mas afirma que “está sempre
aberta ao diálogo para oferecer mais comodidade
aos usuários dos sistemas. A modernização e flexibilização
de formas de pagamento faz parte da realidade
da população”.
Responsável por seis praças de pedágio ao redor
do estado, com destaque para as que se encontram
na rodovia BA 0-93, a Concessionária Bahia Norte
afirma que a implantação do Pix e de outras modalidades
eletrônicas em seu sistema de arrecadação já está
em estudo. “A concessionária vem investindo em
novas tecnologias para atualização do sistema
de arrecadação, de modo a garantir mais comodidade
e segurança no pagamento da tarifa de pedágio
a quem trafega pelo nosso sistema BA-093”, declara
a empresa.
Já a Viabahia, que conta com sete pedágios no
estado, considera que o Pix é um bom meio de pagamento,
entretanto, deixa claro que para sua utilização,
essa metodologia deve ser previamente aprovada
e estabelecida pela agência reguladora. “A Viabahia
é uma concessionária federal e deve obedecer ao
que foi estabelecido pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), além de seguir
as leis federais”, a companhia esclarece que as
concessionárias, de modo geral, utilizam a forma
de pagamento estabelecida no contrato de concessão.
Por sua vez, a Concessionária Litoral Norte (CLN),
esclarece que as formas de pagamento da tarifa
do pedágio na BA-099 são previstas no contrato
de concessão assinado com o governo do estado
e, qualquer alteração neste sentido, implica em
adequações contratuais. “Atualmente, além do pagamento
em espécie, os condutores também podem aderir
a serviços para uso da cabine automática”, esclarece
por meio de nota. Na BA-099, as empresas que prestam
o serviço são a Sem Parar, ConectCar, MoveMais,
Greenpass e Veloe.
Os sistemas de cobrança automática nos pedágios
funcionam por meio de um adesivo que contém um
dispositivo de identificação que deve ser instalado
do lado de dentro, no para-brisa do veículo: o
pedágio automático identifica o adesivo, verifica
se os dados estão batendo na base e, por fim,
libera a cancela. O sistema de Tag por passagem
automática é uma opção em vigor que supre, por
hora, a rapidez que se busca com a implementação
do pagamento via Pix. De acordo com a ConectCar,
empresa de meios de pagamento eletrônico que atua
na abertura de cancelas de pedágios e estacionamentos,
o sistema de cobrança automática é a melhor opção
para evitar as filas grandiosas em pedágios e
estacionamentos.
“O adesivo de cobrança automática oferece ainda
mais vantagens: o usuário seleciona um plano e
pode programar uma recarga automática ou fazer
recargas avulsas pela internet conforme precisar,
o que permite maior controle dos gastos. Funciona
exatamente como nos estacionamentos de shoppings,
por exemplo. O motorista não enfrenta fila para
passar na cabine de pedágio com um atendente e
a tarifa é a mesma”, esclarece a empresa, que
também presta serviço para rodovias baianas.
Jorge Lemos, terapeuta transpessoal, já aderiu
ao uso da Tag. “A cada 15 dias passo pelo pedágio
e nunca tive problemas. Utilizo o "Sem Parar"
para não precisar pegar o dinheiro certinho, esperar
troco e ficar na fila. Quando vou em família com
outro carro, levamos o dinheiro trocado”, relata.
Viagens
Por viajar freqüentemente para o interior do estado,
Lemos aderiu ao sistemas de cobrança automática
para ter praticidade durante o trajeto percorrido,
porém não acredita que o novo método de pagamento
via Pix facilitaria o processo durante as viagens
dentro do estado. “[O tributo é] um valor muito
baixo e seria uma perda de tempo abrir o celular,
ver se o Pix foi concluído. A fila ia ficar mil
vezes pior, todo mundo sem trocado querendo pagar
por Pix”, opina.
Já para Jadiel Prazeres, empresário, a possibilidade
de pagar os pedágios do trajeto entre São Felipe,
município que fica entre Cruz das Almas e Santo
Antônio de Jesus, e Salvador com certeza seria
extremamente benéfica, já que evitaria a preocupação
de sempre ter manter dinheiro trocado consigo
antes de fazer a viagem.
Fato é que o Pix é o segundo método de pagamento
preferido da população, com 70% de preferência.
A tecnologia só fica um pouco atrás dos pagamentos
em dinheiro, com 71%, segundo pesquisa da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em
parceria com o Sebrae. Porém, quando não se tem
dinheiro em espécie na mão, o projeto pelo Pix
no pedágio vai ao encontro da demanda dos baianos.
Para Geraldo Queiroz, pedreiro soteropolitano
que precisa viajar toda a semana para trabalhar
em Feira de Santana, caso seja implementada, a
opção de pagamento via Pix “vai ajudar bastante”.
Fonte:
A Tarde, por Jade Santana, Sob a supervisão da
jornalista Hilcélia Falcão.
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